Por meio de parceria entre Emater-DF e Ministério da Cidadania, auxílio técnico e distribuição de kits, com adubos, sementes e ferramentas incentivam o consumo de hortaliças e frutas


Revitalizar e criar hortas agroecológicas urbanas nas escolas públicas e instituições de ensino sem fins lucrativos do DF, para incentivar o consumo de hortaliças e frutas, são alguns dos objetivos do convênio firmado entre a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) e o Ministério da Cidadania.

Por meio da parceria, além de orientações técnicas sobre cuidados e manejo, estão sendo entregues kits compostos por adubos, sementes e ferramentas. Os insumos variam de acordo com as necessidades pontuais de cada horta acompanhada pela Emater-DF.

Na terça-feira (29) foi a vez do Colégio Militar Dom Pedro II, que tem uma horta pedagógica. Desde o início do ano, têm sido feitas visitas acompanhadas para entrega dos insumos. Segundo a presidente da Emater-DF, Denise Fonseca, a empresa detém a expertise necessária para executar o convênio celebrado com o Ministério da Cidadania e fortalecer a agricultura urbana. “A implantação e o companhamento técnico de hortas urbanas são realizados por nossos técnicos desde 2009. Eles levam conhecimentos às instituições de ensino, seja selecionando e comprando os melhores insumos, seja ensinando as técnicas corretas de adubação e plantio”, disse.

 

“A implantação e o acompanhamento técnico de hortas urbanas são realizados por nossos técnicos desde 2009. Eles levam conhecimentos às instituições de ensino, seja selecionando e comprando os melhores insumos, seja ensinando as técnicas corretas de adubação e plantio” – Denise Fonseca, presidente da Emater-DF

O subtenente do Corpo de Bombeiros e professor de Ciências do Laboratório do Colégio Militar Dom Pedro II, Michel Aquino de Souza, informou que os canteiros da horta existem há quatro anos, mas foram esquecidos durante a pandemia devido ao custo dos insumos. Para ele, a parceria da Emater-DF vai possibilitar a reforma e tornar o local um instrumento do ensino teórico e prático de agroecologia.

“O material recebido, como adubos, sementes e ferramentas, será trabalhado com os alunos. Faremos uma preparação prévia da terra e eles vão participar do momento do plantio e da adubação. Em seguida, vão acompanhar o desenvolvimento das sementes. Sempre trabalhamos com os alunos o plantio de árvores do cerrado para arborização do colégio e na horta enfatizamos a agricultura orgânica e agroecológica. Além disso, as orientações que recebemos dos técnicos extensionistas da Emater-DF são muito importantes, nos ensinam a maneira correta do plantio para ter maior produtividade”, ponderou o subtenente.

“O aumento de consumo leva ao aumento da comercialização, beneficiando a cadeia produtiva. Outro ponto é a segurança alimentar, uma vez que os alunos aprendem que é possível produzir alimentos com qualidade em qualquer espaço. Há ainda a difusão do conhecimento que possuímos sobre produção, uso, melhores insumos e equipamentos necessários para a instalação das hortas urbanas” – Rogério Vianna, gerente de Agricultura Urbana da Emater-DF

Conhecimento e consumo

A Emater-DF iniciou a instalação e reforma de hortas agroecológicas urbanas em 2009, com recursos originários de emendas parlamentares. Em 2012, o então Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome firmou convênio com a empresa para o mesmo fim. Atualmente, a parceria entre o Ministério da Cidadania e a Emater-DF, por meio do programa Plataforma + Brasil, beneficia por ano cerca de 100 instituições de ensino públicas ou sem fins lucrativos em todo o DF.

O gerente de Agricultura Urbana da Emater-DF, Rogério Vianna, responde pela execução da parceria, que prevê a entrega de insumos e equipamentos, além da prestação de serviços em apoio à agricultura urbana. “A importância do projeto de hortas agroecológicas urbanas nas escolas se dá por várias perspectivas, das quais destaco levar o conhecimento sobre o cultivo de frutas e hortaliças, que favorece incutir nos jovens e crianças o hábito de consumir esses produtos em casa.

O aumento de consumo leva ao aumento da comercialização, beneficiando a cadeia produtiva. Outro ponto é a segurança alimentar, uma vez que os alunos aprendem que é possível produzir alimentos com qualidade em qualquer espaço. Há ainda a difusão do conhecimento que possuímos sobre produção, uso, melhores insumos e equipamentos necessários para a instalação das hortas urbanas”, afirmou.

O Colégio Militar Dom Pedro II recebeu uma quantidade suficiente de insumos para cultivar 75 m² de horta. Adubo orgânico cama de frango, calcário dolomítico, Yorin, enxada, enxadão, pazinha de transplante, sacho, regador, entre outros, além de sementes de abobrinha, alface-crespa, beterraba, cenoura, couve brócolis, pimentão, maxixe e rúcula, estão entre os itens entregues no colégio.

A Gerência de Agricultura Urbana da Emater-DF também oferece cursos para os profissionais com perfil de multiplicadores de conhecimento, como professores e monitores. O gerente Rogério Vianna explica que as escolas que querem implantar o sistema de hortas agroecológicas urbanas fazem a solicitação diretamente na empresa. Ao todo, têm sido instaladas cerca de 100 unidades ao ano.

*Com informações da Emater-DF