Inscrições estão abertas até 28 de maio; podem participar autores de obras em língua portuguesa publicadas durante o ano passado
O 1º Prêmio Candango de Literatura foi lançado nesta terça-feira (26), no Cine Brasília. Idealizada pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), essa premiação celebra Brasília como Capital Ibero-americana das Culturas 2022 – título concedido ao DF pela União de Cidades Capitais Ibero-americanas, rede de cidades da qual Brasília faz parte.
A iniciativa também conta com a articulação do Escritório de Assuntos Internacionais (EAI), especialmente em relação ao contato com as embaixadas presentes em Brasília que representam países de língua portuguesa.
“O livro continua sendo o instrumento mais ágil e acessível. O livro vive!”
Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa
Escritores, autoridades e a comunidade local participaram do lançamento, aberto com apresentação alusiva à obra A Terceira Margem do Rio, de Guimarães Rosa, interpretada pela Companhia Armorial.
“Esse prêmio é para todos os países que escrevem e falam a nossa língua”, resumiu o curador do prêmio, Ignácio de Loyola Brandão, que participou por vídeo. A cerimônia marca o início das inscrições para o concurso, do qual poderão participar autores de quatro continentes poderão a partir da produção literária lançada em 2021 em português. As inscrições ficam abertas até 28 de maio.
Incentivo à leitura
O prêmio busca estimular a circulação no Brasil da produção recente de escritores e escritoras de países lusófonos. Serão R$ 180 mil distribuídos em oito categorias – Romance, Conto, Poesia, Prêmio Brasília, Capa, Projeto gráfico e duas linhas de incentivo à leitura (Geral e Pessoa com deficiência).
“A ideia de lançar esse concurso literário veio com a pandemia, com o confinamento das pessoas em suas casas e apartamentos”, afirmou o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. “Esse momento foi de reflexão sobre hábitos, e descobrimos que algo maravilhoso surge em um momento caótico. O livro continua sendo o instrumento mais ágil e acessível. O livro vive!”
Parceiro no projeto, o presidente da Casa de Autores, Maurício de Albuquerque, lembrou que Brasília merece esse prêmio pelo pertencimento e diversidade que, em sua opinião, são características da cidade. “A literatura candanga tem todos os sotaques do Brasil”, disse.
Ao fim da cerimônia, o Cine Brasília foi invadido pelo som poético do artista ceilandense GOG, um dos ícones do hip-hop brasileiro. “Precisamos ir além das asas do avião”, declarou o músico. “Tem muita gente fazendo literatura e ‘literarrua’”.
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*Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa e do Escritório de Assuntos Internacionais