A relatora argumentou que o autismo é uma síndrome que afeta vários aspectos da comunicação, além de influenciar também no comportamento do indivíduo
A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (10) um projeto de lei que torna obrigatória a inclusão do símbolo mundial da conscientização do transtorno do espectro autista para identificar a prioridade das pessoas desse grupo em serviços e transportes. A proposta será enviada ao Senado.
Segundo a relatora, deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (União-TO), desde dezembro de 2020, data em que a utilização da faixa tornou-se facultativa, a sociedade brasileira tomou consciência da representatividade da faixa e da sua real necessidade para melhoria do atendimento às pessoas com autismo.
“Entendemos que a obrigatoriedade do uso da fita quebra-cabeça, símbolo mundial da conscientização do transtorno do espectro autista, para identificar a prioridade devida às pessoas com esse transtorno, representa mais um passo em direção ao bem-estar dessa faixa da população”, afirmou a deputada.
“Dados do CDC (Center of Deseases Control and Prevention), órgão ligado ao governo dos Estados Unidos, existe hoje um caso de autismo a cada 110 pessoas. Dessa forma, estima-se que o Brasil, com seus 200 milhões de habitantes, possua cerca de 2 milhões de autistas”, disse Dorinha.
Afinal, qual o simbolismo?
O símbolo do TEA é uma fita que contém um quebra-cabeça, geralmente colorido;
O símbolo do infinito colorido, é associado a pessoas neurodivergentes (grupo do qual o TEA faz parte);
A cor azul é o tema do TEA, por mais meninos serem diagnosticados que meninas;
O Dia Mundial da Conscientização do Autismo é 2 de Abril;
O Dia do Orgulho Autista e da Neurodiversidade é em 18 de Junho.
Qual a importância desse projeto?
Nem toda deficiência é visível. O TEA é considerado deficiência há dez anos, desde 2012, mas a sinalização já havia sido incluída como prioridade facultativa há dois anos, pouco antes do início da pandemia de Covid-19 ser reconhecida no País.