Os brasilienses poderão visitar no Santuário Santo Antônio da 911 Sul


A comunidade católica do Distrito Federal e os devotos de São Francisco de Assis receberam uma das relíquias do padroeiro dos animais. O fragmento de um pedaço de osso do fêmur do sacerdote ficará exposto, até quarta-feira, no Santuário Santo Antônio, na 911 Sul. O santo é símbolo de humildade e a relíquia foi recebida pelos fiéis com oração, alegria e música.

A exposição do pedaço de osso de São Francisco de Assis, no Santuário Santo Antônio, da 911 Sul

Frei e pároco do santuário, Edgar Alves Pereira, explica que a relíquia vai passar por outros pontos de Brasília antes de ser levada para outras regiões do país. “É uma emoção muito grande recebê-la aqui. Significa que estamos olhando para a imagem de São Francisco e pedindo a intercessão dele junto a Deus. É um momento muito bonito”, acredita.

O frei detalha que esteve em Assis, na Itália, onde ficam expostas as relíquias de São Francisco, em outras ocasiões. “Mas a oportunidade de recebê-la aqui, na nossa comunidade, é inigualável. É um bom momento para os fiéis conhecerem São Francisco e se deixarem ser tocados por ele, um convite para ter uma vida de humildade e de simplicidade”, avalia.

A relíquia é um presente da cúria geral dos Frades Menores Conventuais e é exposta ao lado de uma imagem do santo, ofertada pelos Frades Menores Capuchinhos. Antes de deixar o DF, o símbolo católico passará pelo Santuário São Francisco, na Asa Norte, e pelo Santuário de Fátima.

Para o frei Edgar, São Francisco ajuda a comunidade a repensar, inclusive, o “mundo de hoje, a ter uma relação boa com a natureza e com os animais”. O frei acrescenta que o dia de São Francisco foi comemorado na última semana, em 4 de outubro, e contou com bênçãos a cães, gatos e aves no Santuário. “A chegada da relíquia é de pura celebração e finaliza as comemorações a São Francisco”, afirma.

Durante os dias em que ficará exposta, diversos grupos da Ordem Franciscana Secular (OFS) estarão participando dos ritos religiosos. Magda Jaques, de 55 anos, da Fraternidade Beato Jacó foi uma das devotas que, inclusive, acompanhou a chegada da relíquia no aeroporto de Brasília. “Meu pai era devoto de São Francisco e na infância eu estudei em uma escola franciscana. Foi um amor que foi nascendo aos poucos. Mas o que sempre me chamou mais atenção é a alegria dos franciscanos, é algo muito forte e significativo de se ver”, pontua.

Peregrinação

A relíquia chegou ao Brasil em 2015, vinda de Assis, na Itália, e a intenção era que ela fosse peregrinar por diversos pontos do país, em razão do jubileu dos 800 anos da OFS, também conhecida como Terceira Ordem Franciscana, comemorado no ano passado. No entanto, a jornada que começou em 2015 e que se concluiria em 2021, foi interrompida devido à pandemia do novo coronavírus. Agora, a relíquia ficará no Brasil até abril de 2023, antes de voltar ao país de origem.

Para Osvaldo Oliveira da Silva, 59 anos, membro da Fraternidade Francisco Irmão Menor, o diferencial é a união dos grupos da OFS. “Nós nos consideramos uma família espiritual, sabemos que aonde formos, teremos o apoio e o acolhimento de outros membros das fraternidades”, garante. Osvaldo detalha que não se trata apenas de ser membro do grupo, mas de uma forma de olhar a vida. “Não é apenas uma pastoral, é uma ordem franciscana, voltada para a fraternidade”, finaliza.