Atualmente, 20 crianças estão em lares temporários, mas meta é ampliar para 65 nos ‘próximos meses’, diz governo


O Governo do DF pretende triplicar o atendimento no serviço Famílias Acolhedoras, para que mais pessoas possam acolher crianças e adolescentes afastados temporariamente da família biológica por decisão judicial. Atualmente, 20 crianças estão em lares temporários, mas a meta é ampliar para 65 em 2023, diz o GDF.

A medida foi publicada no Diário Oficial do DF (DODF) de terça-feira (1º). O governo não deu prazo para aumentar o número de vagas do programa, mas informou que será “nos próximos meses”.

Famílias, casais com filhos ou sem filhos, além de pessoas solteiras podem se habilitar para acolher crianças e adolescentes. O interessado passa por uma avaliação psicossocial e não pode estar na lista de adoção. A família recebe um treinamento de seis semanas e ganha uma ajuda de custo mensal de R$ 456 por criança.

O acolhimento familiar é previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), para que meninos e meninas sejam encaminhados para um lar, onde tenham atenção individualizada, ao invés de irem para as instituições. Atualmente, 95% das 409 crianças e adolescentes em acolhimento no DF estão em abrigos. O objetivo do programa é a reintegração familiar ou o encaminhamento para família substituta.

 

“O programa é uma referência no tocante a acolhimento. Em vez de institucionalizarmos a criança, a encaminhamos para um lar onde ela recebe amor, carinho e os cuidados necessários para seu desenvolvimento”, destaca a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra

 

Desde que foi lançado em 2019, 107 crianças foram atendidas e mais de 50 retornaram à família de origem. O trabalho é feito em parceria com o Grupo Aconchego. Atualmente, 46 famílias estão habilitadas e outras dez estão em processo de capacitação para oferecerem o acolhimento. O tempo de acolhimento varia, mas a previsão legal é de, no máximo, 18 meses.

Para fazer parte do Famílias Acolhedoras no Distrito Federal é preciso:

  • Ter mais de 18 anos
  • Morar no DF há, pelo menos, dois anos
  • Não ter antecedentes criminais
  • Ter condições de habitabilidade para receber a criança e comprovação de renda
  • Não estar cadastrado no sistema nacional de adoção e acolhimento
    Mais informações: familiacolhedora.aconchego@gmail.com