Especialistas dão algumas dicas e explicam o como prevenir problemas na saúde mental durante a rotina agitada


Com as responsabilidades em casa, no trabalho, na família e em outros grupos sociais muitas pessoas acabam se esquecendo de cuidar da saúde, principalmente da mental. Em alguns casos o paciente só percebe que precisa fazer uma pausa quando já sente o esgotamento psicológico. Nada melhor do que falar sobre o tema no Janeiro Branco, mês dedicado ao cuidado e a valorização da saúde mental.

De acordo com especialistas, o cérebro é o órgão mestre do corpo, ele abriga nossos pensamentos e memórias e partem dele os comandos para a movimentação dos membros, busca de alimentos, prazeres, além de influenciar também as funções autônomas do corpo (incluindo a respiração e batimentos cardíacos).

O neurologista Vicente Mamede, do Instituto de Neurologia de Goiânia, explica que para evitar problemas o cérebro deve ser mantido sempre em atividade cognitiva para que seja possível abrir novas conexões e unir as já existentes. Ele conta que dessa forma é possível formar uma rede que torna cada vez mais fluida a atividade. De acordo com o especialista, coisas simples podem ser feitas para evitar transtornos.

“Existem 3 grandes pilares para manter a saúde cerebral em dia: praticar atividade física, pois oxigena a circulação levando mais nutrientes para o órgão, aprender hábitos e exercícios novos, como uma dança ou um xadrez, e socializar, afinal, somos uma espécie que vive em meio social” conta o Mamede.

Diversas doenças podem acometer o cérebro por exemplo: Acidente Vascular Cerebral (AVC), doenças degenerativas como Alzheimer e Parkinson, doenças autoimunes (ex: Esclerose múltipla), inflamatórias, infecciosas e até mesmo carenciais, que são a falta de algumas vitaminas e minerais ocasionando lesões no cérebro.

“Para treinar o cérebro devemos fazer atividades novas repetidamente. O hábito de ler um capítulo e parar mentalmente para recapitular o que foi entendido é uma boa ideia. Praticar um movimento ou um novo exercício cada vez mais ativa conexões de movimentação e coordenação/equilíbrio que tornam também esse movimento mais fácil de ser realizado. Essas atividades podem evitar problemas futuros” conta o neurologista.

O psicólogo Fernando Machado, do Hospital Anchieta de Brasília, conta que algumas pessoas costumam separar o corpo do cérebro, mas que tudo é um conjunto e que as atividades que forem feitas, boas ou ruins, devem ser analisadas para que não haja prejuízos para a saúde psicológica. Ele conta que algumas atividades podem ser inseridas na rotina para evitar estresse.

“Dormir bem regenera o cérebro e é preciso ficar atento aos sinais que prejudicam a saúde do sono. Além disso, a atividade física pode ser uma grande aliada para manter a parte psicológica em dia. A alimentação também é algo que o paciente tem que ficar atento, pois a alimentos muito gordurosos e o consumo dos industrializados pode prejudicar. Por fim, é preciso procurar momentos de descanso e lazer para que o cérebro também possa descansar”, detalha o psicólogo.

“Os maiores prejuízos psicológicos que a gente recebe são os que vêm da qualidade do nosso humor, da qualidade da nossa relação interpessoal. Doenças e transtornos como depressão, ansiedade, mal humor, a não flexibilidade emocional e até mesmo o estresse devem ser tratadas com o acompanhamento de um profissional para que a saúde cerebral possa ser mantida sem prejuízos. A saúde e a felicidade pessoal devem vir em primeiro lugar” conclui o especialista Fernando.