Objetivo é conseguir mais famílias para participar do projeto que prevê acolhimento de 65 crianças em 2023. Encontro é domingo (4) no Eixão do Lazer


O programa Família Acolhedora (FA) promove, neste domingo (4), um piquenique para conversar e tirar dúvidas sobre o acolhimento de crianças e adolescentes afastados temporariamente da família biológica por decisão judicial. O evento começa às 10h, no Eixão do Lazer, na altura da 211 Norte.

“Vamos falar sobre o serviço, tirar dúvidas, vamos ter o piquenique, fazer pintura de rosto para as crianças, oficinas com brincadeiras. Vamos ter essa manhã para falar com a comunidade de uma política que depende da participação comunitária”, explica Julia Salvagni, vice-presidente do Aconchego e coordenadora do Família Acolhedora.

O acolhimento familiar é previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), para que meninos e meninas afastados das famílias biológicas sejam encaminhados para um lar, onde tenham atenção individualizada, ao invés de irem para as instituições de acolhimento que abrigam várias crianças ao mesmo tempo (veja como participar ao final da reportagem).

Segundo Julia Salvagni, o objetivo do piquenique é chamar mais famílias para participar do projeto que prevê acolhimento de 65 crianças em 2023. No entanto, hoje são apenas 50 famílias habilitadas. Cerca de 10 membros da equipe e 20 famílias habilitadas vão estar no Eixão para falar sobre o programa.

“Famílias podem participar quantas vezes quiserem, tem duas famílias que são muito antigas no programa e que cada uma já fez 10 acolhimentos”, conta Julia.

O que é o Família Acolhedora

Lançado pelo Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), em parceria com a organização social Aconchego, o projeto Família Acolhedora foi criado em 2018. O primeiro acolhimento foi em 2019 e, até o momento, 152 crianças foram acolhidas por famílias participantes em Brasília.

As meninas e meninos acolhidos têm medidas protetivas e foram retiradas do núcleo familiar de origem por determinação judicial, ou por viverem algum tipo de violação de direitos. Bebês que serão encaminhados para a adoção também podem ficar com as famílias acolhedoras, ao invés de irem para os abrigos, enquanto tramitam os prazos legais. As famílias são capacitadas e preparadas para acolher individualmente cada criança.

Como é o curso para capacitar Famílias Acolhedoras

O curso de preparação da família, desenvolvido pelo FA, dura três semanas e são ao todo seis encontros. Confira mais detalhes:

Os temas tratados são relacionados ao acolhimento. Entre eles, os diferentes tipos de família, o desenvolvimento da criança e do adolescente, e a despedida – já que o objetivo é que as crianças e adolescentes voltem para a família de origem ou sejam adotados.

Depois do curso, as famílias participam de uma entrevista online e contam com uma visita domiciliar da equipe técnica para avaliar se existem condições para os cuidados temporários de uma criança e a estrutura para lidar com a despedida.

“As famílias precisam refletir se de fato cabe na vida delas acolher uma criança, se tem disponibilidade e desejo”, diz Julia Salvagni.

Quem pode participar?

Maiores de 18 anos;
Residentes do Distrito Federal;
Não ter antecedentes criminais;
Não estarem cadastrados no sistema nacional de adoção;
Não terem condições de saúde incompatíveis ao cuidado;
Todos os membros residentes na família tem que concordar;
Todas configurações familiares são bem-vindas.

“Não faz diferença ser uma família acolhedora de uma pessoa só, um casal, uma mãe e família, o que faz a diferença é a disponibilidade, abertura, rede de apoio”, explica Julia Salvagni.

Como se inscrever?

As famílias interessadas em participar do projeto podem enviar um email para familiaacolhedora.aconchego@gmail.com ou entrar em contato pelo WhatsApp com a coordenadora Jeane pelo telefone: (61) 984759557.