Instalações reforçam medidas do GDF no combate à Covid-19. Rede pública de saúde mantém agora 22% de ocupação das unidades de terapia intensiva
O governador Ibaneis Rocha visitou a UPA ao lado do secretário de Saúde, Francisco Araújo, e do diretor-presidente interino do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF), Sergio Costa. No local, eles conversaram com pacientes e funcionários e vistoriaram as novas instalações.
Foto: Renato Alves/Agência Brasília
“É um programa que estamos fazendo juntos, Secretaria de Saúde e Iges-DF, no sentido de reforçar todo o atendimento à população e nos preparar para a retomada das atividades a partir de 3 de maio. Com essa entrega, nós chegamos a 122 leitos de UTI e temos 30 pessoas internadas. Temos hoje só 22% de ocupação dos nossos leitos”, disse Ibaneis Rocha.
Com os números apresentados pelo governador, o secretário de Saúde, Francisco Araújo, destacou que eles dão segurança e tempo para avançarmos na infraestrutura necessária para enfrentar a doença.
“Foram feitas instalações de novos pontos de oxigênio e entregues novas camas, respiradores, monitores e carrinhos de emergência para atendimentos de parada cardiorrespiratória”, citou Sérgio Costa, do Iges-DF. Ele lembra que o Instituto já tinha aberto 66 leitos para tratamento da doença no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM).
Além dos leitos na rede própria e os contratados em hospitais particulares, a Secretaria de Saúde prepara o hospital de Polícia Militar e dois hospitais de campanha – um no estádio Mané Garrincha e outro para atender a população carcerária, no Complexo Penitenciário da Papuda.
A UPA do Núcleo Bandeirante é uma das seis em funcionamento no DF com atendimento 24h por dia. As outras estão instaladas em Ceilândia, Núcleo Bandeirante, Recanto das Emas, Samambaia, São Sebastião e Sobradinho.
A unidade também recebeu reforço de médicos das especialidades de pneumologia e intensivistas. A unidade já contava com médicos clínicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, equipe de laboratório e de radiologia. No total, são aproximadamente 214 funcionários.
Os leitos serão regulados pela Secretaria de Saúde do DF. Os pacientes que estavam internados com outras doenças foram transferidos para outras unidades de saúde como Hospital Regional do Guará, Hospital Regional da Asa Norte e UPAs de Sobradinho e Recanto das Emas.
Posto de atendimento
A UPA já contava com uma Posto de Atendimento Rápido para Sintomas Respiratórias desde o dia 23 de março. Até o momento, foram realizados 670 atendimentos no local, onde há outros dois leitos equipados.
Em 13 de abril, o GDF assinou ordem de serviço para a construção de sete novas unidades. Com investimento de R$ 28,1 milhões, elas serão erguidas no Paranoá, no Riacho Fundo II, no Gama, em Brazlândia, em Planaltina, em Ceilândia e em Vicente Pires. A previsão é que todas estejam prontas até o final de 2020.
A disponibilização de mais leitos para a população é mais uma medida no combate à Covid-19. Clique aqui e veja todas as medidas tomadas pelo GDF.
Quando devo procurar uma UPA?
As UPAs são o caminho para atendimento de urgência e emergência em clínica médica, casos de pressão e febre alta, fraturas e cortes e exames como raio-x, eletrocardiograma e demais procedimentos laboratoriais.
Nesses espaços são ofertados serviços de média e alta complexidade, como se fosse o meio-termo entre a Unidade Básica de Saúde e os hospitais. O que determina a ordem de atendimento é a gravidade do risco, e não a ordem de chegada.
O funcionamento em todas as seis unidades do DF (Ceilândia, Núcleo Bandeirante, Recanto das Emas, Samambaia, Sobradinho e São Sebastião) é 24 horas por dia. Elas são administradas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF).
Os casos de urgência são aquelas situações que requerem assistência rápida, a fim de evitar complicações e sofrimento, enquanto a emergência serve para contextos de ameaça iminente à vida, sofrimento intenso ou risco de lesão permanente, exigindo-se tratamento médico imediato.
Embora atenda a casos de emergência, as UPAs são locais de passagem e observação do paciente em busca de sua estabilização. Quando há necessidade de internação, transfere-se a pessoa para um hospital.