“Terra sem Chão”, de contos para adultos e “Um Coração na Janela” para crianças


Minas que é também cineasta obteve grande repercussão com o longa Família Dionti, que recebeu diversos prêmios, entre eles o de melhor filme escolhido pelo público no Festival de Brasília de 2015 e o documentário A Morte Inventada, no qual fala sobre a Síndrome da Alienação Parental (SAP).

 Mas, sem desmerecer minhas próprias sabedorias, ainda guardava esperancicas no fundo do bolso, de um dia me juntar em família inteira.

Rapagote, eu já sentia o que nem desconfiava.”

Terra sem Chão

Escritor, cineasta e mestre em literatura, Alan Minas vem de Portugal especialmente para lançar dois livros pela Ciranda Cultural ainda este mês, dia 29 de junho, sábado, em Brasília, em julho no Rio de Janeiro e Petrópolis e em setembro na Bienal do Livro em São Paulo.

“Terra sem Chão” e “Um Coração na Janela”, um para adultos e outro para crianças de todas as idades como gosta de brincar, seguem fieis à gramática do autor que tem na sinestesia, na mistura dos sentidos que aproximam poeticamente o realismo mágico do universo rural e da natureza marcas de sua escrita. Minas ressalta sempre suas fontes Manoel de Barros e Guimaraes Rosa.

 Com temas recorrentes sobre relacionamentos humanos, Minas traz nos contos de “Terra sem Chão” dualidades da existência permeadas por elementos fantásticos e força imagéticas intrincados aos enredos capazes de despertar sentidos e percepções provocando a imaginação, enriquecidas ainda mais pela musicalidade.

Alan já havia feito um profundo mergulho no sertão de Minas na ocasião de seu premiado longa Família Dionti e, portanto, já havia conquistado uma intimidade capaz de permitir escrever os contos à distância. Terra sem Chão foi escrito de Portugal, país em que se encontra o autor.

A obra de Minas se caracteriza pelo entrelaçamento de linguagens, seus livros podem se tornar filmes e vice-versa. “Minhas histórias são criadas antes de se pensar em qual vai ser o suporte, para onde vai, não há barreiras na criação, nos desdobramentos fantásticos, o documento escrito pode ser igual para livro ou cinema e só depois, bem mais para frente é que vão sendo adequadas às normas de cada expressão.”, acrescenta Minas.

Tantas vidas se escondem e se esvaecem em relacionamentos, dançam como água e se perdem no ar como pó. Tantos desejos se desencontram, tantas saudades se acham. Tudo num só e em todos. Nessas dualidades da existência e na conexão direta com a natureza, Alan Minas encontrou palavras para narrar histórias que se conectam consigo mesmas e tratam de tudo o que mora em cada um de nós. Uma escrita poética que desperta sentidos, aguça a imaginação e mostra a dura realidade de viver.

Já em “Um coração na janela”, Minas apresenta a história da tartaruguinha Hope, que entre as inúmeras nascidas, ela é a mais curiosa. Hope traz um oceano de perguntas, e a vontade transbordante de conhecer outras águas. Mas pelo fato de ter nascido com o coração exposto aos olhos de qualquer um, sob o risco de um graveto, uma isca ou um abraço lhe fazerem mal, a mãe a impede de partir com os irmãos. Para atender ao chamado do mar, Hope precisa provar que um coração na janela nem sempre é um problema, pelo contrário, pode levá-la ainda mais longe.

Alan Minas, natural do Rio de Janeiro, Brasil, é escritor, cineasta e mestre em literatura pela FLUL – Faculdade de Literatura da Universidade de Lisboa. Como cineasta, roteirizou e dirigiu os longas-metragens: Você Não Sabia de Mim, A Família Dionti, A Morte Inventada e O Deserto de Luiza (em finalização). Entre os seus livros publicados, estão: Terra sem Chão, Um Coração na Janela, O Mundo nos Cabia, A Família Dionti (selecionado pelo PNLD 2022), Quando Ju Escapou pra Dentro (selecionado pelo PNLD 2020) e Gente que se Apaga. Além da paixão por contar histórias, é especialista em ouvir sonhos, causos e *lero-leros* bem contados: faz silêncio como poucos.

A Caraminhola Filmes, foi criada em 2006 no Rio de Janeiro, pelo roteirista e diretor Alan Minas e pela produtora Daniela Vitorino, para realizar obras pertinentes às questões contemporâneas dos direitos humanos que agregam conteúdo e apuro artístico.

Realizaram o longa ‘A Família Dionti’, coprodução com Inglaterra e Canal Brasil, suporte Latin American Fund/TribecaFI, prêmios de melhor filme público 48°Festival Cinema Brasília; melhor roteiro 10°Youngabout Bologna; melhor filme de público 7°Festin-Lisboa; melhor ator criança 16°San Diego e melhor filme 3°Mostra Cinema Gostoso/RN.

Realizaram o documentário ‘A Morte Inventada–Alienação Parental’, tornou-se referência audiovisual sobre o tema no Brasil e exterior, organizaram o livro ‘A Morte Inventada–Ensaios e Vozes’, editora Saraiva.

Realizaram premiados curtas, como ‘A Língua das Coisas’, Curta Criança MINC&TVBrasil. Lançaram o documentário “Você Não sabia de mim” sobre saúde mental, no Doclisboa 2021, Festival do Rio 2021, Ciranda Filmes Festival 2021 e Festival de Cinema Brasileiro de Paris 2022.

Estão preparando o longa de ficção “O Deserto de Luíza” em coprodução com a Riofilme, e apoio do laboratório de capacitação internacional Films From Rio 2016/2017. E desenvolvem em co-produção nacional e internacional dois documentários.

Serviço

Dia 29 de junho, sábado, em Brasília– Livraria Sebinho, às 17h

406 Norte – BI C – Comércio Local Norte, loja 44

Dia 07 de julho, domingo, no Rio – Livraria Argumento- Rua Dias Ferreira, 417- Leblon

 Assessoria de Imprensa – Ofício das Letras – Adriana Monteiro – (11) 9.9481-7953
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