Lançamento mais recente são de registros feitos em uma única rua do Park Way e reúne cerca de 110 tipos de pássaros que passaram por lá
Com apenas 15 anos, o estudante Eduardo Borges já conheceu e fotografou mais de 400 espécies de aves no Distrito Federal. Com essa quantidade de registros, ele conseguiu publicar dois livros com as melhores imagens que fez.
O lançamento mais recente com o nome Aves do Park Way é de fotografias feitas em uma única rua da região, que fica no trecho 3, quadra 5, conjunto 7. “Eu moro aqui perto, eu vi que essa rua tinha uma vegetação diferente, vi aves que não existiam no DF. E nesses 3 anos, eu registrei cerca de 110 aves aqui nessa rua”, conta.
“Meu olhar tem que ser treinado pra perceber o movimento das aves, que estão embrenhadas nas árvores. As aves não tem um canto único, tem variações. e a gente tem que estar antenado pra saber de onde ver o chamado”, diz Eduardo.
A mãe do adolescente, Fernanda Borges, conta que as habilidades dele com o sons e movimentos dos pássaros começaram ainda na infância. “É algo que veio dele, meu marido não sabe, eu também não sei nada de ave. É algo que veio dele. Não é algo temporário, é algo gritante mesmo”, afirma a servidora pública.
Capa do livro “Aves do Park Way” com fotos feitas por adolescente morador do DF — Foto: Divulgação
Aos 8 anos, Eduardo entrou para um grupo de observadores de aves e, pouco tempo depois, começou a registrar os pássaros que cruzavam seu caminho. “Existe um banco de dados das aves de Brasília, eu pesquiso e vou atrás. Depende de sorte pra encontrar elas lá”, diz o adolescente.
Eduardo já fotografou 464 espécies de aves e aos 13 anos, publicou o primeiro livro. Na segunda obra, tem imagens de diversos tipos de pássaros, entre eles:
Beija-flor-tesoura
Coruja do mato
Seis espécies diferentes do Pica-pau
Gavião Peneira
Arará canindé
Carcará
Esse ano, Eduardo começou a participar de um projeto na Universidade de Brasília (UnB) para ajudar pesquisadores a identificar as espécies de aves.
“O Eduardo é um dos fotógrafos que mais têm experiência no registro de aves no DF. E a identificação de aves não é fácil. É preciso de um pouco de experiência e isso o Eduardo foi acumulando ao longo dessa vivência, que levou ele a procurar a universidade para aprimorar esse conhecimento”, diz o professor de genética da UnB, Renato Caparroz.