Cézar Black, morador do DF, e Marília Miranda, que já viveu na capital, ainda não estão entre os possíveis protagonistas da edição
A semana inicial do BBB chega ao fim na noite desta terça-feira (24/01) com a primeira cerimônia de eliminação. Ainda que a dinâmica traga, nesta temporada, a novidade de que uma dupla será considerada eliminada para a casa, mas apenas uma pessoa vai embora do programa, o paredão inaugural é um marco importante, especialmente por ser um termômetro de quem está agradando o público — ou não.
Mas é também a consolidação de quem se destacou na largada de uma maratona que ainda terá três meses pela frente. Quem formou casal, quem entrou com sangue nos olhos para jogar, quem causou mais treta. Entre os protagonistas do momento, porém, uma coisa é certa: os dois participantes que representam, de alguma forma, o Distrito Federal, não estão entre eles.
Morador de Brasília desde 2011, o baiano Cézar Black não se destacou na dinâmica das sintonias, não formou casal nem inimizades, não ganhou prova do líder, passou longe de ser anjo e escapou, sem receber nenhum voto, do primeiro paredão.
O mais perto que o enfermeiro da Secretaria de Saúde do DF chegou de uma polêmica foi se sentir ofendido — e chorar — pela forma como o médico Fred Nicácio — um dos vários profissionais de saúde confinados na casa — se referiu a uma enfermeira, que, segundo ele, o destratou antes de trocar a fisioterapia pela medicina. “As pessoas têm o estigma de que o enfermeiro é o secretário. Pô, cara, pra gente é super ofensivo isso. Pra nossa classe, isso aí é uma coisa que a gente briga todos os dias…”, protestou ele, entre lágrimas.
Já no Jogo da Discórdia dessa segunda-feira (23/1), Cézar Black se destacou, de forma peculiar. O motivo escolhido por Cezar Black para dar “bomba” à colega Tina, durante a dinâmica, foi a recusa dela em emprestar sua “lace”, nomeada por ele como peruca. “Eu gosto muito de me fantasiar, botar peruca e curtir carnaval.
Pode ser uma besteira para alguns, mas quando eu pedi emprestado a peruca, que eu queria curtir muito a festa, ela falou simplesmente ‘não’”, justificou ele. Irritada, a angolana avisou que não costuma emprestar coisas pessoais — “Tá chateado porque eu não emprestei meu cabelo?” — e o episódio gerou diversão nas redes sociais. Nada, entretanto, que coloque o representante do DF em posição de protagonismo. Por ora, uma das famosas “plantas”.
Emparedada
Embora tenha sido bem citada na dinâmica da sintonia — a ponto de ser a primeira dupla “descolada” enquanto as demais ficaram “amarradas” — e esteja emparedada — com grandes chances de ser enviada para o Quarto Secreto com 50% de probabilidade de não retornar ao jogo —, a maquiadora e influenciadora digital Marília Miranda não cumpriu o protagonismo prometido em seu vídeo de apresentação.
A potiguar — que viveu em Brasília entre 2014 e 2018 — posicionou-se, nas prévias de lançamento, como uma nordestina arretada, “com sangue de Maria Bonita”, cheia de garra e disposta a conquistar o público tal qual fez aqui fora, quando acumulou 700 mil seguidores no Instagram antes mesmo de ser selecionada para a casa mais vigiada do país.
Escalada em votação popular prévia para ser dupla do camarote Fred Nicácio, foi esmagada pela personalidade expansiva e polêmica dele e, comparada à também maquiadora nordestina Juliette — a campeã de 2021 —, virou alvo de críticas e do ranço de vários participantes. Ainda assim, posiciona-se como um anexo do médico com quem foi compulsoriamente vinculada desde que entrou na casa.
Amiga íntima de Marília, a cantora brasiliense Adriana Samartini declarou, em entrevista ao Correio, que o também emparedado Fred Nicácio “suga a energia vibrante e contagiante” da parceira: “Minha amiga é solar e ele tenta de todas as formas anulá-la e culpá-la pelos próprios erros. Deixem ela na casa, sem ele, e vão ver que pessoa incrível ela é!”.
No Jogo da Discórdia promovido nessa segunda-feira (23/1), Marília parece ter dado uma demonstração do que é capaz, durante sua discussão com os ex-Casa de Vidro Gabriel e Paula. Mas só saberemos, de fato, da sua força, se ela escapar desta primeira eliminação.
Memória
Historicamente, os participantes brasilienses não costumam passar pelo BBB sem deixarem suas marcas. A primeira a representar a capital no reality show foi a então estudante e atriz Juliana Lopes, em 2004, que eternizou o bordão “ninguém merece” e saiu de lá como recordista de paredões e terceira colocada.
Quatro anos depois, Thati Bione — quinta colocada do BBB 8 — tinha altos embates com o “vilão” da temporada, o psiquiatra Doutor Marcelo. Dois anos depois, foi a vez da pesquisadora acadêmica Elenita Rodrigues, no BBB 10, causar polêmica, em sua passagem marcada pela defesa de pautas consideradas avançadas para época — como feminismo, gordofobia e relacionamentos abusivos.
Em 2017, a taguatinguense Elis Nair foi eliminada com alto índice de rejeição (80% dos votos). Por fim, em 2021, foi a vez de Sarah Andrade deixar a sua marca, com sua atuação pautada na aliança com Juliette e Gil do Vigor — os queridinhos do público — no icônico G3.