Militares retornam após 12 dias de trabalho na região onde fortes chuvas causaram deslizamento de terra e inundações. Equipe atuou na localização de pessoas
Os bombeiros do Distrito Federal que ajudaram no socorro, resgate e salvamento de vítimas em Petrópolis, no Rio de Janeiro, voltaram à capital na noite desta terça-feira (1º). Os militares passaram 12 dias na região, onde fortes chuvas causaram deslizamento de terra e inundações. A equipe atuou na localização das vítimas com ajuda de cães e em conjunto com bombeiros de outros estados. A tragédia deixou pelo menos 231 mortos.
“Deixamos a operação com sentimento de dever cumprido e os mais sinceros agradecimentos ao CBMERJ pelo acolhimento aos nossos militares e nossos cães”, diz a corporação
Missão de resgate
O sargento Lauton contou que, ver de perto o estrago causado pelas chuvas, foi impactante, apesar do treinamento que a equipe tem para lidar com situações semelhantes. O militar disse ainda a população tinha muito carinho pelas equipes.
“Ficamos bem surpresos com o carinho que a população teve com a gente. Na rua, nós éramos parados. As pessoas agradeciam, ofereciam comida e água”, diz o sargento. Parte da equipe enviada ao Rio de Janeiro, a sargento Jeane Quintão diz que, além do trabalho de resgate às vítimas, o atendimento às famílias também era essencial. “Eles queriam um acalento. A gente não precisava falar muito, era só ouvir sobre a situação que eles viviam, sobre as lembranças”, conta.
Os bombeiros atuaram em regiões como o Morro da Oficina, um dos locais mais afetados pela tragédia. Outro local onde a equipe do Corpo de Bombeiros do DF atuou foi a Chácara Flora, localizada a 5 km do Centro de Petrópolis. A guarnição também colaborou nas buscas na Vila Felipe. Ao todo, dez militares e quatro cães fizeram parte da equipe. O envio atendeu a um pedido do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ).
A chuva catastrófica que atingiu Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, na última semana deixou, até a manhã desta segunda-feira (28), pelo menos 231 mortos. Ao menos 20 pessoas ainda estão desaparecidas, segundo o portal de desaparecidos da Polícia Civil.
Essa já é considerada a maior tragédia da história de Petrópolis. A cidade já tinha sido atingida por temporais semelhantes nos anos de 1988 e 2011. Os pontos turísticos do Centro Histórico já foram recuperados e as lojas da Rua Teresa, principal área comercial, só não abriram nesta terça-feira (1°) por causa do feriado de carnaval. Nos bairros e morros mais destruídos, a situação é mais precária. Toneladas de terra e barro são retiradas todos os dias.