Museu Nacional da República é um dos mais frequentados, com aproximadamente 2 mil visitantes por fim de semana
Apesar da pouca idade, a memória de Brasília está preservada. A capital federal dispõe de sete museus que resgatam nossa história e estão por trás da construção da cidade que viria a sediar o centro político do Brasil.
Museu Nacional da República (MuN), Museu de Arte de Brasília (MAB), Memorial dos Povos Indígenas (MPI), Catetinho, Museu Vivo da Memória Candanga (MVMC), Espaço Lúcio Costa e Museu Histórico de Brasília, além do Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves e o Espaço Oscar Niemeyer. Todos estes espaços têm um objetivo em comum: preservar a memória cultural e conservar bens materiais e imateriais de valor local.
Realizado em alusão ao Dia Internacional dos Museus, comemorado nesta quinta-feira (18), o I Colóquio sobre Gestão do Patrimônio Musealizado em Órgãos Públicos chama a atenção para uma comunicação integrada entre os espaços.
“Nós temos vários museus com diferentes tipos de acervos. Dada essa diversidade, a gente precisa dialogar para encontrar um caminho de trabalho em conjunto. Então, nos debates a gente pôde pensar nos acervos que temos atualmente e como podemos trabalhar no pertencimento da cidadania”, explicou o subsecretário do Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), Aquiles Brayner.
Um dos mais conhecidos e visitados é o Museu Nacional, localizado no coração de Brasília, que visa promover as artes visuais para todos os públicos, de forma dialógica. Além disso, o espaço é um fomento à curiosidade, sensibilização do olhar e produção de conhecimento, por meio de ações de formação do acervo, pesquisa, comunicação e educação.
O MuN recebe aproximadamente mil visitantes durante a semana e, no fim de semana, esse número pode duplicar. Engana-se quem pensa que o público que mais frequenta é o turista. Os brasilienses marcam presença nos museus e são, inclusive, conhecidos como público cativo.
“O brasiliense visita os museus. A gente acolhe também muitas crianças, principalmente por causa dos programas educativos que temos. Na nossa pesquisa de público, percebemos que temos um público cativo, que vem, visita o museu e depois volta. Isso é muito bacana”, disse a diretora do MuN, Sara Seilert.
Para além de espaços de exposições culturais, os museus são peças importantes na construção da memória social de quem os visita. “Os museus são essenciais para refletir sobre a história, sobre a atuação no presente e no futuro. Eles trabalham com imaginação, sonho e criatividade”, defendeu.
Museu Nacional da República
O MuN faz parte do Conjunto Cultural da República, junto com a Biblioteca Nacional de Brasília, e foi inaugurado em 15 de dezembro de 2006. Segundo a designação do Relatório do Plano Piloto de Brasília, elaborado em 1957 por Lucio Costa, o MuN foi construído para integrar o Setor Cultural Sul da Nova Capital.
O casal Daniel Lemos, 32 anos, e Ednalda Maria da Silva, 37, é de João Pessoa (PB) e veio conhecer a capital. Eles elogiaram as estruturas do MuN. “O museu é muito bacana. Esse artista que está em exposição mostra um pouco do trabalho e de como tudo é criado”, disse Daniel, referindo-se a Pedro Ivo Verçosa, em cartaz com a exposição Aqui estou. “O passeio foi muito legal e interessante. Até comento que as pessoas deveriam explorar mais esse lado da cultura e da arte. Acho que espaços como esse é um bom incentivo”, defendeu Ednalda.
O MuN tem área total de 15 mil m². O interior é dividido em quatro pavimentos: subsolo, piso térreo, piso superior para exposições e mezanino. No pavimento superior, com acesso independente por meio de duas rampas, está a grande área de exposições com um vão inteiramente livre de 3,203 mil m², exclusivamente destinado a realizações de mostras. O espaço funciona de terça-feira a domingo, das 9h às 18h30.