Especialista alerta ainda que o índice glicêmico quando não é controlado pode causar a má formação do embrião durante a gestação
Dia 14 de Novembro é a data que celebra o Dia Mundial da Diabetes. O objetivo da campanha tem como foco alertar para o impacto do diabetes, estimular políticas públicas que favoreçam e possibilitem aos portadores da doença viver mais e melhor, promover o diagnóstico precoce e orientar sobre formas de tratamento adequado.
De acordo com o Ministério da Saúde, a doença atinge mais mulheres do que homens no Brasil. Os riscos de complicações durante a gestação nas mulheres que têm diabetes antes de engravidar dependem de quanto tempo a doença está ativa e se complicações, tais como hipertensão arterial e lesão nos rins, estão presentes. Além disso, no mínimo 5% das gestantes apresentam diabetes durante a gravidez.
A médica ginecologista e especialista em reprodução humana Lorrainy Rabelo explica que o alerta é ainda maior, já que, a condição quando não tratada em mulheres pode resultar na infertilidade.
‘’As pessoas que têm doenças crônicas, como diabetes, e não fazem o tratamento adequado podem ter dificuldade de ter filhos e risco aumentado de bebês com malformações congênitas cardiovasculares, nervosas, esqueléticas, entre outras”, alerta a médica.
No caso das mulheres, o diabetes pode comprometer a fertilidade, pois a resistência insulínica promove alterações hormonais que influenciam no ciclo menstrual e na capacidade da mulher ovular. Além disso, essas mulheres têm risco aumentado para desenvolver menopausa precoce.
Dessa forma, para evitar que a fertilidade seja afetada pela doença, é necessário acompanhamento médico e controle rigoroso dos índices glicêmicos. A especialista explica que, com a doença controlada, as chances de engravidar são as mesmas de pacientes que não têm diabetes.
A médica alerta, ainda, que a infertilidade também pode afetar os homens diabéticos. “O diabetes tipo 2 não controlado pode levar à disfunção erétil, alterações na quantidade/qualidade dos espermatozóides e ejaculação retrógrada (quando isso ocorre, o sêmem vai para a bexiga urinária e, nesse caso, não há espermatozóides para fecundar o óvulo)”, finaliza.