Alunos contaram com uma sólida rede de apoio que envolve a escola e as famílias


Uma grande recompensa depois de muito esforço e dedicação. Alunos da rede pública de ensino do DF comemoram a conquista de entrar em uma das mais renomadas universidades públicas do país: a Universidade de Brasília (UnB). O feito se deve a uma sólida rede de apoio que envolve a escola, os professores e os gestores, além das famílias.

Sophia Sanchez, 18 anos, aluna do Centro de Ensino Médio (CEM) Paulo Freire, passou para o curso de ciências econômicas na UnB e conta que a escola foi a melhor que já estudou, com professores e coordenação acolhedores e disponíveis para auxiliarem na jornada rumo ao vestibular. “Os professores foram acolhedores e disponíveis para nos passarem o conteúdo e tirarem as dúvidas. Sempre incentivando e nos dando apoio e condições para estudarmos”, comenta Sophia.

Alunos do Centro de Ensino Médio Asa Branca (CEMAB), em Taguatinga, também estão comemorando. Yuri Ribeiro, 18 anos, passou para o curso de museologia e ficou em choque quando viu o resultado. Precisou olhar mais de uma vez para acreditar na aprovação. “ Eu fiquei tão feliz que não acreditei que poderia estar acontecendo de verdade”. Camila Ferreira, 18 anos, também aluna da escola, foi aprovada no curso de nutrição na UnB e conta que escolheu o curso por acreditar que as pessoas estão mais preocupadas com saúde e estética hoje em dia e o campo de trabalho apresentar muitas oportunidades.

Preparação

As escolas de ensino médio da rede pública do DF focam as aulas nos maiores sistemas de avaliação para ingresso nas universidades, como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e Programa de Avaliação Seriada (PAS) da UnB, com programas específicos, plantões para dúvidas nos contraturnos e mentorias, desenvolvidos por cada escola individualmente.

Roberta Talyuli, diretora do CEM Paulo Freire, conta que os 750 alunos da escola recebem apoio de um programa de mentoria que visa acolher e orientar os jovens em situações de vulnerabilidade. Além de aulas focadas no Enem e no PAS “ Aqui, na escola, além de entregarmos o conteúdo, desenvolvemos ações voltadas ao bem-estar do aluno, com participação dos pais e comunidade”, conta Roberta.

Para os alunos do Centro Educacional (CED) 01 do Riacho Fundo II, os professores foram o diferencial para a conquista da aprovação. João Vinícius Pereira, 18 anos, aluno da escola que passou para o curso de Educação Física na UnB, comenta que os professores sempre o orientaram e motivaram durante os últimos anos de estudo. Gabriela Torres e Silva, 18 anos, aprovada em letras língua inglesa, ressalta que a excelência dos professores contribuiu muito para sua aprovação. “Eu tive excelentes professores nesses meus anos de estudo na escola e eles contribuíram muito na minha jornada”, comenta.

Parceria entre escola e família

Uma rede de apoio sólida entre a escola e a família é fundamental para o apoio aos estudantes durante a trajetória de estudos. Marlene Milagros, mãe de Sophia Sanchez, aluna do Centro de Ensino Médio Paulo Freire, conta que o acolhimento da escola foi decisivo para a filha dela quando passou pelo luto da perda do pai.

“Estou muito orgulhosa pela aprovação da minha filha e agradecida pelo acolhimento que ela recebeu da escola durante o processo de luto pela perda do pai. A mentoria criativa que trabalha com pessoas com luto, dependentes químicos e vulneráveis em geral foi decisiva para ela. Recebemos muito apoio interdisciplinar”, conta Marlene.

Igna Pereira, mãe do João Vinícius Pereira, aluno do CED 01 do Riacho Fundo II, que passou para Educação Física na UnB, ressalta que a caminhada com a escola foi boa. “Tivemos ótimas referências da escola e fomos muito acolhidos. Os profissionais são muito bons. Temos realmente uma parceria com a escola, comenta.

Os alunos ainda aguardam o resultado do Sisu que está previsto para 30 de janeiro e do PAS UnB, cujo resultado sai em 5 de fevereiro.

*Com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF)