A transmissão da infecção pode ocorrer por meio do contato direto com as mucosas e secreções de um indivíduo com a doença
A herpes ocular é uma infecção que pode atingir várias partes do olho, como a córnea, a conjuntiva e, em casos mais graves, a retina. A infecção é desencadeada por dois tipos de vírus: herpes simplex (HSV), o mesmo responsável pelo surgimento do herpes labial, e o vírus herpes-zoster, o mesmo vírus da catapora. Ambos possuem a característica de ficar latente em nosso corpo, e podem ser reativados durante toda a vida através de uma nova infecção, estresse, trauma, ou outros fatores que contribuem para a queda da imunidade.
De acordo com a Dra. Giovanna Marchezine, oftalmologista do Hospital de Olhos de Cuiabá (HOC), a transmissão da herpes ocular ocorre principalmente por meio do contato direto com uma pessoa infectada, ou pelo toque em objetos contaminados. “Diversos fatores podem desencadear a herpes ocular, tais como o contato direto com alguém portador do vírus, e a manipulação de objetos contaminados, como toalhas, maquiagem ou lentes de contato.”
Os sintomas associados à herpes ocular podem variar, mas geralmente incluem dor, vermelhidão nos olhos, sensação de corpo estranho ou ardência, lacrimejamento excessivo, sensibilidade à luz, visão turva ou diminuída, lesões na superfície ocular, como úlceras na córnea, e erupções cutâneas. “No caso da herpes ocular ocasionada pelo vírus herpes-zoster, a erupção cutânea segue um trajeto bem delimitado, afetando a região frontal da cabeça, pálpebra superior e inferior, e a ponta do nariz”, aponta Giovanna.
O tratamento da herpes ocular é realizado de acordo com a gravidade da infecção e pode envolver o uso de medicamentos antivirais para combater o vírus, tanto de uso tópico quanto oral. Medicamentos analgésicos também são prescritos para aliviar dor e inflamação, e recomenda-se o uso de colírios lubrificantes para minimizar o desconforto ocular.
A herpes ocular não costuma causar complicações sérias. No entanto, a oftalmologista chama a atenção para o risco de complicações mais severas quando não tratada, ou em casos mais graves. “Os resultados podem incluir a visão permanentemente embaçada, levando à necessidade de um transplante de córnea.”
Por isso, a prevenção e o tratamento imediato desempenham um papel tão importante na prevenção contra a herpes ocular. “Medidas como lavar as mãos regularmente, evitar o compartilhamento de objetos pessoais como toalhas e maquiagem, e usar óculos de sol para proteção contra a luz ultravioleta são práticas recomendadas”, compartilha a oftalmologista do Hospital de Olhos de Cuiabá. Atentar-se para a higiene ao usar lentes de contato, sono adequado, além de reforçar o sistema imunológico por meio de uma dieta equilibrada e exercícios físicos, são passos importantes na prevenção da infecção.
Prezz Comunicação – Julia Torrecillas
