De texto ágil, com diálogos rápidos e divertidíssimos, a peça fala da dificuldade de concentração, em meio à avalanche de estímulos, e da falta de interesse pelo coletivo


Com direção de Fernando Philbert, a peça conta a história de Arnaldo, interpretado por Otávio Muller, que vai à psiquiatra, vivida por Letícia Isnard, em busca de solução para um problema: o de viver tomado por uma sensação de desinteresse absoluto por tudo e todos ao redor. Uma peça que leva a confrontar com a própria estranheza de cada um, faz rir do próprio caos e manda o tédio e a chatice para o espaço.

Para Arnaldo, tudo aparenta ser muito chato e não consegue prestar atenção em nada que as pessoas dizem. Enquanto a psiquiatra, intrigada, tenta decifrar a patologia e, quando começa entender o que se passa, o caso toma um rumo surpreendente.

A dramaturgia do autor contemporâneo francês Jacques Mougenot aporta pela primeira vez em Brasília, com temporada dias 21 e 22 de setembro no Teatro Unip, pelo projeto Circuito de Teatro Brasileiro. Os ingressos estão à venda em https://bileto.sympla.com.br/event/95011/d/273776. A montagem, inédita no Brasil, tem direção de Fernando Philbert, destaque do teatro carioca.

“Partir de um incômodo quase natural nos dias de hoje, que é se chatear, o nosso personagem está mergulhado no enigma de se chatear pela eternidade dos dias. Partindo desse comportamento, a peça discute as relações e modos de conviver em sociedade”, comenta do diretor, que detalha: “nesta comédia com pitadas de absurdo, a investigação médica se depara com um homem, que se chateia pura e sofre por isto.”, reflete Philbert.

Quando leu o texto pela primeira vez, Otávio teve uma impressão muito boa, “eu acho que o que o autor diz é muito para cá e para agora, hoje. A peça fala de um sentimento que todo mundo já teve, em momentos e épocas diferentes na vida. Essa coisa do tédio, de achar tudo uma chatice, de não aguentar mais.”, comenta.

Para Letícia Isnard, a intensidade do texto está em provocar o debate acerca do avanço do capitalismo, da tecnologia no cotidiano e a pandemia, “que aprofundaram ainda mais esses sentimentos de infelicidade e tédio. Enquanto não solucionamos a falta de sentido existencial, se faz necessário rir dela, o que nos alivia e nos conecta com o verdadeiro sentido de tudo: a tal da alegria e da felicidade.”, sugere a atriz

Ficha técnica:

Texto: Jacques Mougenot | Tradução: Marilu de Seixas Corrêa | Direção: Fernando Philbert | Elenco: Otávio Muller e Letícia Isnard | Cenografia: Natalia Lana | Figurino: Carol Lobato | Iluminação: Vilmar Olos | Trilha original: Francisco Gil – Gilsons | Arte gráfica: @orlatoons | Direção de produção: Carlos Grun | Uma produção Bem Legal Produções | Assessoria de imprensa Brasília: Território Comunicação | Produção em Brasília: DECA Produções | Patrocínio: Colombo Agroindustria | Patrocínio local: Brasal

Serviço

[Comédia] O Caso

Teatro UNIP (SGAS 913 – Asa Sul)

Temporada: dias 21 e 22 de setembro, sábado, às 21h, e domingo, às 17h

Não será permitida a entrada após o início do espetáculo

Ingressos: Plateia: R$ 120 (inteira), R$ 60 (meia), e R$ 90 ingresso solidário (mediante doação de 1kg de alimento) promoção válida para os primeiros 40 ingressos por sessão

Plateia popular: R$ 50 (inteira), e R$ 25 (meia)

À venda pelo site Sympla e na Belini 113 Sul (sem taxas).

Aceita: Cartões e Pix – Duração: 80 minutos

Classificação indicativa: não recomendado para menores de 12 anos

Acessibilidade: teatro acessível para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.

O Teatro UNIP: https://www.teatrounip.com | https://www.facebook.com/TeatroUnip | @teatrounip. Bilheteria: apenas nos dias de apresentação sábado e domingo das 14h até o início do espetáculo. Aceita todos os cartões de débito e crédito. Não aceita cheque. Ar-condicionado e acesso para cadeirantes. Estacionamento gratuito. Capacidade para 500 pessoas.

Território Comunicação