Com entrada gratuita, mostra de curtas apresenta obras de audiovisual protagonizadas e produzidas por pessoas negras


Até sábado (22), São Sebastião recebe o Festival Internacional de Cinema Kilombinho, mostra de audiovisual protagonizada por atores negros. Com abertura às 14h, entrada gratuita e classificação indicativa livre, o evento tem por objetivo reunir crianças, jovens, famílias e educadores em torno da temática.

As atividades serão desenvolvidas no Instituto Federal de Brasília (IFB), no Instituto Cultural Congo Nya, na Praça do Skatepark e em três escolas da cidade. O projeto contou com R$ 120 mil de recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec).

A idealizadora do Festival, Melina Bomfim, afirma que a ideia de realizar essa mostra surgiu da percepção da importância de ampliar a representatividade negra em obras de audiovisual. “Esta primeira edição do Kilombinho nasce com o objetivo de criar mais espaços de diálogo e práticas que relacionem audiovisual negro e educação, com foco nesses espectadores que estão nas fases de formação de suas autoimagens e no professorado que convive e troca diariamente com esse público nas escolas”, resume.

Programação

A programação é composta por curtas-metragens nacionais e internacionais em formatos distintos, como documentários, ficções, filmes híbridos e capítulos de séries, além de animações produzidas por realizadores negros brasileiros e da Jamaica, Haiti e Estados Unidos.

A mostra será aberta com o curta paraibano Tesouro Quilombola, que conta a história das crianças do Quilombo Gurugi-Ipiranga (PB). Após o filme, haverá a oficina “Experiência Semente: o audiovisual no chão da escola de forma divertida, criativa e humanizada”, mediada pelos realizadores e educadores Ana Bárbara e Felipe Barquete, da Escola Semente Audiovisual, da Paraíba.

O encerramento do Festival Kilombinho será às 17h de sábado (22), na Praça do Skatepark, com os filmes Bia desenha, de Neco Pacheco (PE); 5 fitas, de Vilma Martins e Heraldo de Deus (BA); Kojo, de Michel Fequiere (EUA), e Mutirão, de Lincoln Péricles (SP).

Professor de Artes do Centro Ensino de São Sebastião, o ator Victor Hugo Leite, que também dirige o festival, conta que os alunos estão bastante animados com as oficinas que serão realizadas. “Nossa escola já tem prática audiovisual, eles vão gostar muito”, antevê. “Espero que o festival sirva de possibilidade de reconhecimento para as pessoas”.