Desde o decreto que suspendeu o funcionamento dos bares e restaurantes, o setor demitiu 6 mil funcionários e teve o encerramento das atividades de 365 estabelecimentos
Os presidentes do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar-DF) e da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do DF (Abrasel-DF) enviaram um ofício ao governador Ibaneis Rocha (MDB) pedindo a reabertura dos estabelecimentos representados pelas entidades. A entrega do documento ocorreu durante audiência com o vice-governador do Distrito Federal, Paco Britto, e a secretária de Turismo, Vanessa mendonça.
No ofício, assinado pelo presidente do Sindhobar-DF, Jael Antônio da Silva, a categoria elogia as medidas adotadas pelo Governo do Distrito Federal (GDF) no combate ao coronavírus. “Reconhecemos e aplaudimos a tempestividade de sua decisão, de ter sido a primeira cidade do Brasil, a decretar a quarentena horizontal”, diz o texto.
Porém, com o fechamento dos estabelecimentos há mais de 60 dias, muitos empresários do ramo esgotaram as reservas de caixa, o que resultou na demissão de mais de 6 mil funcionários e o encerramento das atividades de 364 comércios do setor. Com isso, a entidade pede que o governador estabeleça, o mais breve possível, uma data de abertura dos restaurantes e bares da capital.
”Preferencialmente dia 03 de junho vindouro, como única alternativa de salvamento de milhares de empresas e de empregos. Os empresários precisam vislumbrar uma esperança e uma ação do governo para que possam ainda acreditar que é possível. E isto só será factível se estiverem abertos e faturando”, afirma Jael em carta.
Apoio
O Sindhobar destacou que a promessa do governo federal de ajuda financeira aos micro, pequenos e médios empresários ainda não se concretizou. Muitos entraves, como exigências de garantias reais elevadas, certidões negativas diversas e de protestos etc., inviabilizam a tomada do empréstimo.
O apoio oferecido pelo GDF, por meio de empréstimos do BRB, ajudou algumas empresas e, no caso do nosso setor, não passou de uma centena de créditos aprovados, ”quantidade insignificante em relação às necessidades e ao nosso tamanho”, diz o ofício. No próximo 4 de junho, vencem os 60 dias de suspensão do contrato de trabalho estabelecido na MP 936 e, caso não seja ampliado este prazo, o setor terá um processo de demissão em massa e o encerramento de 30% das empresas do setor de hospedagem e alimentação fora do lar.
O Sindhobar ressalta ainda que, para o processo de abertura, já foi encaminhado ao governo, por meio da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do DF (Fecomércio-DF), o protocolo de procedimentos e segurança a ser seguido rigorosamente pelos empreendedores.