Mobilização será nesta quarta (18), data nacional de combate às violações contra crianças e adolescentes. Unidades socioassistenciais vão promover palestras, oficinas e práticas integrativas com o público atendido


Proteção social e informação. Com base nessas duas premissas, especialistas se reuniram para debater o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes, lembrado nesta quarta-feira (18). Assistentes sociais, policiais, juristas, conselheiros tutelares e sociedade civil, entre outros agentes, estiveram nesta segunda (16), na Casa Azul, em Samambaia, para traçar estratégias de atendimento e orientar fluxos de encaminhamento.

 

“Mudança no comportamento, lesões aparentes e queda no rendimento escolar, além da dificuldade de socialização. Esses são alguns dos alertas sobre possíveis práticas abusivas”
Kariny Alves, assistente social da Secretaria de Desenvolvimento Social

 

Várias unidades socioassistenciais vão promover, nas regiões administrativas, ações internas como ciclo de palestras, oficinas educativas e práticas integrativas em alusão à data com o público atendido. Na quarta-feira, a rede de Planaltina realiza a Caminhada de Conscientização. O evento é aberto a toda a comunidade e tem concentração a partir das 8h30 no Centro de Referência da Assistência Social (Cras), na Área Especial, Conjunto H, Lote 6.

“Todos somos responsáveis. É uma luta diária e que envolve toda a sociedade. Precisamos estar mais atentos aos sinais de violência contra esse público”, enfatiza a assistente social da Secretaria de Desenvolvimento Social, Kariny Alves. “Mudança no comportamento, lesões aparentes e queda no rendimento escolar, além da dificuldade de socialização. Esses são alguns dos alertas sobre possíveis práticas abusivas”, alerta a especialista.

Assistentes sociais, policiais, juristas, conselheiros tutelares e sociedade civil estiveram na Casa Azul, em Samambaia, para traçar estratégias de atendimento e orientar fluxos de encaminhamento de crianças e adolescentes vítimas de violência 

Dados da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal mostram que, entre 2020 e 2021, foram registrados 836 estupros de vulneráveis na capital do país. “Muitas vezes, o abuso ocorre dentro de casa, pelos pais, parentes ou amigos próximos da família”, complementa Kariny Alves.

Entenda a data

O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes é lembrado em 18 de maio. A data faz memória à menina capixaba Araceli Crespo. Aos 8 anos, ela foi sequestrada, drogada, espancada, estuprada e morta em 1973.

A violência sexual de crianças e adolescentes pode ocorrer em várias idades, incluindo bebês. O abuso sexual se configura quando a criança é utilizada por adulto, ou até adolescente, para praticar ato de natureza sexual. Já a exploração sexual é quando a criança é usada com o propósito de troca ou de obter lucro financeiro ou de outra natureza em turismo sexual, tráfico, pornografia, ou também em rede de prostituição.

O mês de maio é marcado pela conscientização sobre a prevenção do abuso e da exploração sexual de crianças e adolescentes. Em 2022, a campanha Maio Laranja, do governo federal, prevê a publicação de um material inédito que inclui vídeos, cards, infográficos, matérias especiais e ainda um evento de lançamento de novas políticas públicas. As peças serão veiculadas no portal dos Direitos Humanos e nas redes sociais @mdhbrasil, com o apoio da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.

Entre os temas abordados durante o Maio Laranja, estão um balanço das denúncias e subnotificações de casos de abuso e de exploração sexual, o apoio da rede de ensino e dos professores nesta luta, a implantação de centros integrados de atendimento às crianças vítimas de violência e ações de combate aos abusos na internet.

*Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social