O biólogo conseguiu uma das bolsa de estudos mais cobiçada da Europa, que apoia os mais promissores cientistas, mas precisa de R$ 15 mil para arcar com os custos da viagem
Paolo foi contemplado pelo Marie Skodowska-Curie Actions (MSCA), que é financiado pela União Europeia. As bolsas do MSCA estão entre os prêmios mais competitivos e prestigiados da Europa e tem como objetivo apoiar os melhores e mais promissores cientistas. Apesar de ser um benefício altamente atraente, o estudante precisa arcar com alguns custos, como documentação, visto, passagem aérea e subsistência por um mês antes de receber o primeiro pagamento da bolsa. Todas essas obrigações somadas podem ultrapassar o valor pedido na vaquinha.
Qualquer valor doado faz diferença. Paolo está aceitando doações por meio do site Vakinha, por pix ou transferência bancária. Aos que quiserem ajudar com quantias enviadas via pix, podem mandar para paololucas5@gmail.com ou fazer uma transferência para o Banco do Brasil (001), Agência: 1887-2, Conta Corrente: 46092-3. Além dessas opções, também existe a possibilidade de contribuir pela vakinha — neste link.
“Infelizmente, a pesquisa no Brasil não é reconhecida como deveria e, como consequência, não há financiamento adequado. Devido a isto, temos visto muita ‘fuga de cérebros’ daqui. Realizar este doutorado na Europa me proporcionará a oportunidade de trabalhar em institutos de pesquisa com tecnologia de ponta e me preparar melhor para o mercado de trabalho. Além de me oferecer a oportunidade de criar networking com diversos pesquisadores da Europa”, explicou Paolo.
Trajetória exemplar de foco e dedicação
Paolo se formou em 2018, depois de estudar com bolsa integral oferecida pelo ProUni, o Programa Universidade para Todos. Logo em seguida, o biólogo foi aprovado para o mestrado em Ciências Genômicas e Biotecnologia da UCB em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
“Desde a minha graduação, me envolvi com projetos de pesquisa científica, nisto me direcionei para a área de biologia molecular vegetal. Desde o mestrado venho trabalhando com o desenvolvimento de plantas resistentes a estresses bióticos e abióticos usando tecnologias moleculares, como RNA interferente, CRISPR, entre outros”, detalhou Paolo.
Assim que concluiu o mestrado, em 2020, o estudante decidiu ir atrás do sonho de estudar fora do Brasil. Desde então, ele estava tentando oportunidades em diversos países pelo mundo e, ainda em 2020, conseguiu ser aprovado com bolsa integral para continuar os estudos em Pequim, na China, mas não conseguiu usufruir do benefício por conta da pandemia da covid-19.
Mesmo com as adversidades, Paolo não desistiu. Durante a pandemia, continuou trabalhando em pesquisas a fim de aumentar as habilidades e conhecimentos. Logo quando as fronteiras abriram, depois de quase dois anos do vírus, e o mundo pôde voltar a respirar ares com indícios de normalidade, o biólogo voltou a participar de processos seletivos para obtenção de bolsa de estudos fora do país.
Depois de tamanha dedicação, Paolo foi recompensado. O estudante conseguiu aprovação em três posições de PhD na Europa, sendo duas na Alemanha e uma na Espanha. Visando melhores oportunidades e por conta da MSCA, o biólogo escolheu a oportunidade oferecida pelo Centro Nacional de Biotecnologia (CNB-CSIC) e Universidade Autônoma de Madrid, na Espanha.
“Ter sido aceito por três programas de doutorado na Europa, todos com bolsa integral, foi muito importante para mim. Sempre estudei em escolas públicas, fiz a graduação e mestrado com bolsa integral e me dediquei bastante para melhorar meu currículo e meu inglês, pois todas as entrevistas eram na língua inglesa. Além disso, foi uma vitória pessoal, considerando toda a minha trajetória acadêmica”, comemorou Paolo.