Creche Jardim II, no Núcleo Rural Jardim, no Paranoá, está pronta; obras na unidade de Pipiripau, em Planaltina, serão finalizadas em breve


Crianças de até 3 anos de idade filhas de trabalhadores e produtores rurais do Distrito Federal serão atendidas em creches rurais a partir de janeiro de 2023. A unidade Jardim II, localizada no Núcleo Rural Jardim, no Paranoá, já está pronta para receber a criançada. Em breve, a creche do Núcleo Rural Pipiripau, em Planaltina, também será entregue, para posterior atendimento aos pequenos estudantes.

A Creche Jardim II fica ao lado do Centro de Ensino Fundamental (CEF) homônimo e atenderá 60 crianças em dois turnos. Com área construída de 244 m², a obra, concluída em outubro deste ano, mobilizou investimento de R$ 366,4 mil, recursos provenientes de emenda parlamentar do deputado distrital Martins Machado.

Já a unidade do Pipiripau, quando entregue, promoverá educação infantil a 40 crianças. O local tem 238 m² de área construída e recebeu investimento de R$ 463,4 mil, verba proveniente da emenda parlamentar do deputado distrital João Cardoso.

As edificações já existiam e foram adaptadas para um novo uso, com a criação de espaços necessários em unidades de ensino, como área de serviços, sanitários, parque infantil coberto, solário, hall de entrada, refeitório, lactário, administração, banheiro de funcionários, cozinha, depósito e área para lavagem de gêneros alimentícios, sanitários para pessoas com deficiência e acesso de serviço. Os ambientes internos foram compartimentados em três salas de aula, para atender a três turmas, com sanitário adaptado ao público infantil.

“É uma iniciativa muito importante para os produtores rurais. Percebemos que, na área rural, não havia creches e que, muitas vezes, a produtora precisa levar o filho para a lavoura. Estamos igualando o produtor nos níveis de direitos sociais, garantindo mais educação e segurança para as crianças” – Denise Fonseca, presidente da Emater-DF

Novidade para a população do campo, as creches rurais do Distrito Federal foram construídas na gestão Ibaneis Rocha. A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater) e a Secretaria de Agricultura (Seagri) mapearam a região agrícola distrital para implementar a iniciativa.

Os terrenos foram cedidos pela Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap), enquanto a licitação para adequação dos prédios e a construção das unidades ficaram a cargo da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). Quando entregues, as creches passam para a gestão da Secretaria de Educação (SEE), que define a quantidade de crianças por unidade.

“É uma iniciativa muito importante para os produtores rurais. Percebemos que, na área rural, não havia creches e que, muitas vezes, a produtora precisa levar o filho para a lavoura. Estamos igualando o produtor nos níveis de direitos sociais, garantindo mais educação e segurança para as crianças”, afirma a presidente da Emater, Denise Fonseca.

Segundo Denise, o esforço de construção de novas unidades seguirá nos próximos quatro anos. Serão construídas outras duas unidades nos núcleos de São José e Taquara, ambos em Planaltina, e haverá o planejamento da construção de novas instalações. “Faremos um mapeamento sobre os locais com maior demanda, ouvindo as mulheres, para atender a quem mais precisa”, diz ela.

Para a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, a construção e a entrega de creches em áreas rurais representa um grande avanço. “Tudo é feito pensando na mãe do campo, que precisa ter um local para deixar a criança em segurança e poder trabalhar”, reforça.

A gerente de Atenção às Unidades Públicas e integrante da diretoria de Educação Infantil, vinculada à Unidade de Gestão Estratégica da Educação Básica, Ione da Costa, acrescenta que as creches trazem a oportunidade de desenvolvimento educativo em um ambiente não doméstico. “Ela [a criança] terá o contato com práticas pensadas pedagogicamente em um espaço pensado e planejado para garantir os direitos básicos, como saúde e segurança. Com a criança na escola, promovemos o desenvolvimento integral dela e ainda garantimos às mulheres o direito ao trabalho”, afirma a gerente.