A ascensão meteórica do DJ vem de muita persistência e, claro, habilidade


O DJ dividiu com a Billboard Brasil um pouco do que fez para alcançar o sucesso que tem hoje em dia e mostrou como o trabalho árduo, a persistência e a autoconfiança são algumas das principais chaves . Capa da edição 8 da Billboard Brasil, Vintage Culture — um dos DJs mais renomados do mundo — revelou para a revista suas estratégias por trás do estrelato internacional.

Vintage Culture, cujo nome verdadeiro é Lukas Ruiz, é um DJ brasileiro de grande destaque no cenário internacional, ganhou reconhecimento por sua habilidade e persistência na música eletrônica

Foto: Fabrizio Pepe/BillboardBR.

Desde que começou a produzir a autoconfiança foi um ponto forte na carreira de Vintage Culture, que enviava suas músicas para DJs que admirava, com a convicção de que, uma hora, o retorno viria. “Se o cara não te respondeu, deixa lá que um dia ele vai ver. Foi assim que aconteceu comigo.

E aí comecei a trombar mais com esses caras. E a galera de fora tem um respeito grande pelas pessoas que trabalham muito. Eu trabalhava muito, continuo trabalhando muito. Cheguei a ser o cara que mais fazia tours no mundo, que mais tocava. E, claro, com a música e com a entrega dos sets, conheci e fui entrando em nichos ali dos gatekeepers [os mandachuvas]”, afirmou o DJ para a Billboard.

Durante a pandemia, pelas condições de lockdown, o DJ enfrentou um período de introspecção em seu trabalho, o que que resultou em novas sonoridades e faixas como “Love Tonight” e “Slow Down”, que ganharam destaque internacional.

Vintage Culture seguiu sua carreira por meio de uma abordagem versátil —característica presente em suas músicas —, lembrando o legado de Ricardo Guedes. “Eu não conheci o Guedes, mas sei da história dele. Sempre estive no meio desse bolo. Então, quando me perguntavam para que lado eu queria ir, eu falava: ‘Eu não quero ir para nenhum lado, eu quero ficar no meio’. Posso tocar tanto num rodeio, mas toco também no [festival] Time Warp. Acho que é o sonho de qualquer DJ poder fazer um negócio assim.

É o que eu chamo de midstream. Porque não é comercial, mas também não é underground. Eu até faço uns sons under- ground, mais cabeçudões, mas meu álbum está ali no meio, tem vocais, mas tem uma produção um pouco mais dark, e tem umas músicas mais comerciais também”, explicou.

Seu álbum “Promised Land” reflete essa diversidade, combinando influências de synthpop e new wave com batidas contemporâneas. Com colaborações marcantes e residências em Ibiza e Las Vegas, Vintage Culture se prepara para lançar também um álbum de remixes de “Promised Land”, com participações de artistas como ANNA e Solomun.
Foto: Alisson Demetrio