A iniciativa conta com programação repleta de apresentações artísticas que fortalecem o vínculo dos pequenos com a cultura popular

O Dia das Crianças está chegando e o Festival Casa de Fita oferece uma programação super especial e gratuita para a meninada entre a sexta-feira (11/10) e o domingo (13/10), no Jardim Botânico de Brasília e no Centro Tradicional de Invenção Cultural, na 813 Sul. Paranoá e São Sebastião também terão atividades do festival, nos dias 17 e 18 de outubro.

Criado pelo Fuá do Seu Estrelo, Patrimônio Cultural e Imaterial do Distrito Federal, o festival chega a sua terceira edição este ano. O objetivo da iniciativa é fortalecer o vínculo da primeira infância com as culturas populares, proporcionando uma experiência de arte educação, fundada sobre o entrelaçamento da aprendizagem, natureza e cultura.

A abertura será na sexta-feira, no Centro Tradicional de Invenção Cultural, com roda de conversa com um dos idealizadores do projeto e Mestre do Seu Estrelo, Tico Magalhães, e Gandhy Piorski, artista plástico, pesquisador das práticas da criança, teólogo e mestre em Ciências da Religião. O encontro é às 19h. O tema do bate-papo é A criança e o Imaginal Popular.

As programações do sábado (12) e do domingo (13) são no Jardim Botânico, a partir das 9h. No sábado, apresentam-se Coletivo Entre Vazios; Camerata Caipira (GO) ; Bumba meu Boi de Seu Teodoro; Ventoinha de Canudo; e Pé de Cerrado. No dia seguinte, Mamulengo Fuzuê; Palhaço Mandioca Frita; Contação de histórias tradicionais com Álvaro Tukano (AM), Hellen Kariri-kairú e Pirõ-Duhió Luana Tukano; Tapetes Contadores de Histórias (RJ) ; e Orquestrinha Alada ficam a cargo da diversão do público especial.

Já em São Sebastião, o Cine Circo do Trevo faz uma apresentação na Associação Ludocriarte, na quinta-feira (17/10),  às 18h30. No dia seguinte (18/10), o Mamulengo sem Fronteiras encanta a criançada no Ilê Axé Oyá Bagan, localizado no Núcleo Rural Tamanduá, no Paranoá, às 15h.

O encerramento do festival será no dia 19 de outubro, no Centro Tradicional de Invenção Cultural, às 18h, com roda de conversa com o tema O Universo Brincante. Participam da conversa a escritora, agricultora familiar e idealizadora e coordenadora do Ponto de Cultura Grãos de Luz e Griô (Lençóis-BA) Lílian Pacheco; e a artista, diretora de arte, capoeirista e sambadeira de roda indígena Lua Kixelô Cavalcante.

Warley Goulart, contador de histórias e artista visual do grupo Os Tapetes Contadores de Histórias, explica que o espetáculo  Sol, chuva e Tapete, que será apresentado no festival, fala do tempo de infância que existe dentro de cada um.

“A criança se conecta diretamente com o brincar. A cultura popular mantém o brincar vivo na sociedade. É um aprendizado mútuo: a cultura popular aprende com a infância e vice -versa. Viver é a forma que conseguimos manter todas as nossas responsabilidades e autoridades como adultos, mas com o espírito da brincadeira. É aí que o adulto aprende com a cultura popular e com a infância”, observa Warley.

A coordenadora-geral e também idealizadora do projeto, Maria Isabela Aquino, sustenta que as crianças passam a viver histórias carregadas de sentimentos na medida em que se relacionam com a cultura popular de seu lugar. “As tradições populares, assim, se tornam um grande depósito de sonhos. Esse é um dos primeiros movimentos que fazem com que nós amemos nosso lugar de origem, criando um vínculo que será levado pelo resto da vida a partir da infância”, diz a coordenadora.

Casa de Fita 

O Festival Casa de Fita nasceu em 2019, co-idealizado pelo Mestre Tico Magalhães e pela arte educadora e brincante Maria Isabela Aquino, com o objetivo de criar arranjos para a educação infantil por meio da cultura do inventar. A última edição foi em 2022, no Espaço Cultural Renato Russo.

Casa de Fita é uma escola de cultura popular, oferecida pelo Centro Tradicional de Invenção Cultural, sede do Grupo Seu Estrelo e da Orquestra Alada. Uma escola imaginada a partir de sua brincadeira cerratense, fundamentada em sua própria mitologia: O Mito do Calango Voador, oferecendo uma pedagogia que tem o cerrado como inspiração.

Mais do projeto pode ser conferido no perfil @casadefita, no Instagram.

Confira a programação gratuita:

Abertura do Festival – Sexta – 11 de outubro de 2024

  • Local: Centro Tradicional de Invenção Cultural – 813 sul

  • Roda de Conversa: A criança e o Imaginal Popular

  • 19h – Tico Magalhães (DF) e Gandhy Piorski (SP)

Sábado – 12 de outubro de 2024 – Jardim Botânico de Brasília

  • 09h – Coletivo Entre Vazios (DF) apresenta: Lourença

  • 10h – Camerata Caipira (GO) apresenta: Cadê o Bicho que tava aqui? 

  • 11h – Bumba meu Boi de Seu Teodoro (DF)  

  • 15h – Ventoinha de Canudos (DF)  

  • 16h – Pé de Cerrado (DF)

Domingo – 13 de outubro de 2024 – Jardim Botânico de Brasília

  • 09h – Mamulengo Fuzuê (DF) apresenta: Benedito, Abençoado e Bendizido

  • 10h – Palhaço Mandioca Frita (DF) – Oficina de construção de brinquedos populares

  • 11h – Contação de histórias tradicionais com Álvaro Tukano (AM), Hellen Kariri-kairú e Pirõ-Duhió Luana Tukano

  • 15h – Tapetes Contadores de Histórias (RJ/Peru) apresenta: Sol, Chuva e Tapete

  • 16h – Orquestrinha Alada (DF)

Apresentações nas RAs

17 de outubro de 2024 (quinta)

  • Local: São Sebastião – Associação Ludocriarte

  • 18h30: Cine Circo do Trevo (DF) 

18 de outubro de 2024 (sexta)

  • Local: Paranoá – Ilê Axé Oyá Bagan 

  • 15h: Mamulengo sem Fronteiras (DF) 

Encerramento do Festival – 19 de outubro (sábado) 

  • Local: Centro Tradicional de Invenção Cultural – 813 sul

  • Roda de Conversa: O Universo Brincante

  • 18h: Lua Kixelô Cavalcante (DF) e Lílian Pacheco (BA)

La Pauta Comunicação