Em Ceilândia, equipes iniciaram levantamento para descobrir o índice de manifestação do Aedes aegypti
Nesta terça-feira (16), os 500 novos agentes de vigilância ambiental (Avas) contratados no processo seletivo temporário da Secretaria de Saúde começaram a trabalhar percorrendo as ruas do Distrito Federal para combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti, causador da dengue. Na semana passada, os agentes já tinham passado por treinamento prático em campo.
Na região de Ceilândia, foram enviados 60 novos Avas que ajudarão no monitoramento e prevenção dos casos de dengue. No primeiro dia de inspeção, as equipes ficaram responsáveis pela realização do Levantamento de Índice Rápido por Amostragem (Liraa), em que são selecionados 20% dos imóveis da região para receberem uma vistoria completa, com identificação dos locais onde há mais focos do mosquito, como caixa d’água, vasilha de planta, balde.
“Para realizar o Liraa, o agente precisa entrar no imóvel e coletar possíveis amostras de focos do Aedes aegypti para descobrir o índice de manifestação dos mosquitos. Na semana seguinte, os agentes voltam nos locais e fazem o tratamento de 100% das casas. Ou seja, o tratamento é realizado em um raio de 300 metros do local identificado com foco”, explica a chefe do Núcleo de Vigilância Ambiental de Ceilândia, Ana Bispo de Castro.
A partir do resultado dessa amostragem do Liraa são criadas ações de levantamento e de planejamento estratégico para o combate à dengue, como campanhas educativas, aplicação de UBV pesado (fumacê), colocação de armadilhas e intensificação das inspeções.
A aposentada Maria da Cruz, de 61 anos, recebeu a inspeção em sua casa. Apesar de ter muitas plantas, ela não descuida e mantém todas sem pratinhos ou objetos que possam acumular água parada.
“Eu sempre recebo as equipes da Vigilância Ambiental aqui em casa, pois acho muito importantes e necessárias as inspeções que eles fazem para prevenir contra a dengue. Faço a minha parte e sempre tento prevenir, tanto que nunca apareceu mosquito da dengue aqui em casa”, relata.
O período chuvoso com o aparecimento do sol em algumas horas do dia é propício para o aumento da proliferação de mosquitos Aedes aegypti e, consequentemente, dos casos de dengue. De acordo com Ana Bispo, os agentes enfrentam muita resistência por parte da população, que muitas vezes não os deixam entrar nas residências para fazer as inspeções.
A chefe do Núcleo de Vigilância Ambiental de Ceilândia informou que este foi o segundo Liraa realizado em 2021, sendo que o Ministério da Saúde preconiza a realização de seis anualmente. As equipes já se programaram para realizar as outras quatro amostragens.
A agente Márcia Araújo, de 44 anos, está animada com o trabalho que começou. “Esta é a primeira vez que eu trabalho como Ava e estou adorando. É muito bom poder fazer um trabalho de conscientização e de combate a uma doença que pode prejudicar toda a população. O Ava é de extrema importância para o combate à dengue”, analisa.
Anderson Miranda, de 23 anos, está gostando do trabalho realizado e conta que seu objetivo é ajudar a população combatendo o mosquito Aedes aegypti e, com isso, reduzir o número de casos da dengue.
*Com informações da Secretaria de Saúde