Ação, que conta com apoio do FAC, realizará produções musicais e audiovisuais de artistas autorais que residem na cidade


Artistas autorais que moram em Taguatinga terão a oportunidade de ter seu trabalho escolhido para a realização de seis videoclipes inéditos e um documentário de curta-metragem. Essa é a proposta do Sons da Quebrada, que fará o lançamento de todas as produções em fevereiro de 2024, nas principais plataformas de música da web.

Promovido pelas produtoras Cinese Audiovisual, Aicon Ações Cinematográficas e Candiá Produções, o projeto conta com um investimento de R$ 50 mil do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec).

As inscrições, abertas desde o dia 14 de novembro, são gratuitas e estarão abertas até esta sexta-feira (24). O edital de chamamento e o formulário de inscrição estão disponíveis no site da Cinese Audiovisual.

“Taguatinga tem uma cena musical fervente. E a ideia do projeto é essa, buscar, através da música, o que essa cidade é além dos prédios, avenidas e viadutos. Mostrar o que as pessoas vivem” – Leonardo Monteiro, diretor do projeto

Serão aceitas 120 propostas autorais inéditas, em diversos gêneros musicais. Os artistas que forem selecionados ganharão a gravação, a mixagem e a masterização da composição autoral inscrita, a qual fará parte de um álbum colaborativo, mais um videoclipe da música gravada.

Os escolhidos também irão participar de um documentário de curta-metragem que irá abordar a diversidade da cena musical de Taguatinga, por meio da relação dos artistas com a cidade e de um passeio por ambientes históricos. A acessibilidade em Libras e audiodescrição farão parte do material audiovisual.

Inscrição em vídeo

No ato da inscrição, as pessoas interessadas precisam preencher um formulário e enviar um vídeo de até dois minutos com trechos de uma música autoral inédita e uma breve apresentação sobre a sua trajetória artística.

Visando ampliar as ações de acessibilidade à produção musical, das seis vagas ofertadas, duas são voltadas para pessoas LGBTQIA+, duas para pessoas pretas e duas abertas ao público em geral.

Leonardo Monteiro, mais conhecido como LeoMon, é produtor executivo e diretor do projeto. Ele afirma que ainda há muitas vagas a serem preenchidas e reforça a importância de valorizar a arte local.

“Taguatinga tem uma cena musical fervente. É uma das primeiras cidades que surgiu em Brasília e recebeu os candangos. A cidade sobreviveu, se adaptou e criou uma cultura. Tem o mesmo peso que o centro da cidade, mas traz esse contraste porque é um lugar de resistência também. E a ideia do projeto é essa, buscar, através da música, o que essa cidade é além dos prédios, avenidas e viadutos. Mostrar o que as pessoas vivem”, declara.