Grupo se concentrou no Museu Nacional e seguiu em direção ao Congresso. Representantes entregaram propostas à secretária de Turismo do DF, ao Ministro do Turismo e ao presidente da CLDF.

 

Com o objetivo de apresentar os problemas que vem enfrentando por conta da pandemia do novo coronavírus, os empresários e trabalhadores da indústria criativa de eventos realizaram, nessa terça-feira (25), na Esplanada dos Ministérios, um protesto em prol dos trabalhadores que vem passando por necessidades básicas por não poder trabalhar.

 

Movimento Luz aos Invisíveis. Foto: Material cedido ao Jornal de Brasília

 

O movimento, foi idealizado entre amigos parceiros de eventos, teve como objetivo reivindicar a liberação de incentivos e ações para a sobrevivência de milhares de trabalhadores e trabalhadoras anônimos da indústria criativa de evento, que foi um dos primeiros a ser afetado pela pandemia do novo coronavírus. Segundo Simone Coutinho, produtora executiva e uma das idealizadores, o movimento também busca “sensibilizar a sociedade para nossa volta, mas não uma volta a qualquer custo. Queremos um retorno com segurança para todos”.

 

Trabalhadores da indústria criativa de eventos pedem ações pela sobrevivência do setor no DF — Foto: Paulo Cerqueira/Divulgação

“Nós fomos o primeiro setor a ter as atividades interrompidas e reunimos milhares de empresas e indivíduos, com suas respectivas famílias, que sobrevive, em sua maioria da rentabilidade gerada pelos eventos. Então, já são quase seis meses sem trabalho e sem receita. Na nossa comunidade de eventos tem muita gente passando fome e precisamos ajudar. São carregadores, técnicos, pessoas de limpeza, garçons etc.”, explica. Segundo ela, com a paralisação dos eventos presenciais em decorrência da pandemia do novo coronavírus, o prejuízo enfrentado pelo setor é incalculável.

Reivindicações apresentadas pela Indústria Criativa do DF

  1. Garantir investimentos previstos na Lei Cultura Viva no âmbito nacional e na Lei Orgânica da Cultura em âmbito Distrital;
  2. Cumprimento da Lei Aldir Blanc, que destina recursos para empresas, artistas e técnicos.
  3. Planejamento de um programa de capacitação, treinamento, formalização profissional para os trabalhadores e trabalhadoras do backstage;
  4. Estudo por parte do IPEA das novas profissões da cadeia produtiva da economia criativa e a inclusão por parte da Câmara dos Deputados e Senado Federal no código Brasileiro de ocupações. Somente estas categorias sem a devida regulamentação da profissão, correspondem de 1,5% a 3% do PIB Nacional;
  5. Ampliação de prazo de carência do Supera DF;
  6. Revisão nos prazos dos pagamentos de impostos distritais e federais, tendo em vista que a carência inicial de 3 meses, não atende mais ao nosso setor.
  7. Auxilio emergencial específico para o setor, que se estenda até a decretação do fim do estado de calamidade pública e autorizada a realização de novos eventos.
  8. Linha de crédito junto a bancos privados e estatais voltada especificamente para o Setor de Eventos, com concessão desburocratizada e célere, juros subsidiados e carência para início de pagamento, visando o pagamento de salários, despesas das empresas, evitando sua falência.
  9. Planejamento e criação de um programa nacional de retomada das atividades, com regramento único ao nosso setor, seguindo referenciais internacionais e em consonância com a Organização Mundial da Saúde – OMS, Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, Sistema Único de Saúde – SUS, Secretaria Especial de Cultura e Ministério do Turismo, objetivando a retomada de forma segura e planejada.