Todas as atividades do projeto têm audiodescrição para pessoas cegas e acessibilidade para PCDs


A partir de 14 de setembro, a artista visual Maria Eugênia Matricardi realizará a performance “Intuições do fogo”, resultado da pesquisa que investiga o corpo poético a partir de encruzilhadas de imaginários como agentes suleadores, da dança em giro que percorre tempos espiralares. O fogo aparece como elemento de uma alquimia gestual, metafísica da transmutação, giro decolonial, tensionando dentro da partitura corporal a relação entre equilíbrio e desequilíbrio.

Serão quatro apresentações, três regiões administrativas do Distrito Federal e uma na Região Integrada de Desenvolvimento DF e Entorno, uma oficina de performance e conversas abertas ao público. A entrada é gratuita e livre para todos os públicos. Todas as atividades do projeto têm audiodescrição para pessoas cegas e acessibilidade para PCDs. Este projeto é realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF).

A curadora Ana Reis afirma que a performance aciona dois dispositivos essenciais conectados à ancestralidade: a roda e o fogo. Em seu texto sobre a obra da artista, ela ressalta que: “No giro contínuo e insistente que, de olhos fechados, move desde dentro de si, uma força que arrasta e faz convergir cosmologias de outro tempo-espaço, ao fogo que acende as dimensões do mágico, do que falha a palavra, iluminando em nós o inexplicável, o misterioso e a transformação”. E completa: “Intuições do fogo nos relembra a força do sopro quando encontra uma brasa. E, soprando segredos, somos convidades a girar para dentro, para o fogo que nos arde e nos mantém acesas”.

Programação de performances e conversas

A série de performances e conversas começa no dia 14 de setembro, 19h, no Teatro de Quintal-Unaí-MG. No dia 24 de setembro, no IFB Campus São Sebastião, acontece a conversa “Políticas Estéticas e Decolonialidade na Arte Contemporânea”, às 16h. E às 19h, será apresentada a performance, seguida de uma roda de conversa. No dia 28 de setembro, às 19h, a apresentação da performance com roda de conversa acontece no ecossistema de arte A Pilastra, QE 40 Guará II, final da rua 21. E no dia 5 de outubro, a performance seguida de conversa acontece às 19h, no Pé Vermelho – Espaço Contemporâneo em Planaltina.

Oficina

Como parte da programação do circuito de performances, no dia 15 de setembro, às 14h, a artista oferece a oficina “Oficina Arte, Performance e Decolonialidade” no Teatro de Quintal – Unaí-MG. A oficina abordará de forma teórica e prática a relação entre o tensionamento político do corpo como suporte e expressão de arte a partir da intersecção entre questões raciais, de gênero e classe, que acionam eixos teóricos presentes dentro da decolonialidade.

A oficina será dividida em duas partes. A primeira tratará da contextualização teórica e da apresentação de artistas da performance que lidam com temas relacionados à decolonialidade. A segunda parte as práticas corporais que possam dar consistência às provocações teóricas. Podem participar pessoas com 14 anos ou mais, que tenham interesse por artes do corpo, performance ou teatro e estar disponível afetivamente para participar e fazer exercícios de corpo. As pessoas interessadas devem preencher o formulário eletrônico https://forms.gle/SzzzFmtKJrxzJ27m9.

Sobre a artista 

Maria Eugênia Matricardi é uma artista que pensa o corpo por via do nomadismo, seja como deslocamento geográfico ou subjetivo, produzindo (des)limites. Preferindo usar o termo ações a performance, o tensionamento político, simbólico e afetivo do corpo interessa como pesquisa, prática, dissidência e vida. Transita por linguagens como ações, pintura em campo expandido, instalações e videoarte.

Atua na educação pública do Distrito Federal a partir de arte e práticas de enfrentamento às violências de gênero. Caminha por aí (des)domesticando pedras, catando pequenos ossos e penas de urubu para alquimias duvidosas. Foi indicade ao Prêmio Pipa 2024. É doutore em Arte Contemporânea pela Universidade de Brasília-UnB.

Participa do Grupo de Pesquisa Corpos Informáticos desde 2011, coordenado por Maria Beatriz de Medeiros. Tem mestrado em Poéticas Contemporâneas-UnB, e, Licenciatura e Bacharelado em Artes Visuais pela mesma instituição. Nasceu em Cuiabá-MT, vive e trabalha em Brasília-DF.

Sobre a curadora 

Habitante do cerrado, Ana Reis pesquisa as poéticas e políticas do corpo, e se lança em experimentações da performance e seus desdobramentos, transitando pela fotografia, vídeo e outras linguagens. Pesquisa práticas artísticas autobiográficas e autoficcionais, feminismos e dissidências de gênero.  Professora Efetiva do Curso de Dança da UFG, Doutora em Artes – Poéticas Contemporâneas pela UnB, Mestre em Artes e Graduada em Artes pela UFU. Coordena o projeto de pesquisa “Práticas Artísticas Autoficcionais e rachaduras nas estruturas de gênero e colonialidade” e integra o Núcleo de Práticas Artísticas Autobiográficas – NuPAA/UFG. Participa de exposições e encontros de arte e pesquisa.

Serviço

Intuições do fogo

Performance, roda de conversa e oficina

De | Maria Eugênia Matricardi 

Curadoria | Ana Reis

Circuito Unaí – MG

Performance 

Onde | Teatro de Quintal | Unaí – MG

Quando | 14/09, às 19h

Oficina | Oficina Arte, Performance e Decolonialidade

Quando | 15/09, às 14h

Inscrições | https://forms.gle/SzzzFmtKJrxzJ27m9

Circuito São Sebastião – DF 

Oficina | Políticas Estéticas e Decolonialidade na Arte Contemporânea

Onde | IFB Campus São Sebastião – DF

Quando | 24/09, às 16h

Performance e Conversa 

Onde | IFB Campus São Sebastião – DF

Quando | 24/09, às 19h

Circuito Guará – DF

Performance e Conversa 

Onde | A Pilastra 

Quando | 28/09, às 19h

Circuito Planaltina – DF

Performance e Conversa

Onde | Pé Vermelho – Espaço Contemporâneo em Planaltina

Quando | 05/10, às 19h 

Acessibilidade | audiodescrição para pessoas cegas

Projeto realizado com o patrocínio do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF)

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