Emedebista ficou afastado da função por 66 dias, após atos terroristas em Brasília
Pouco depois de o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes ter determinado o “retorno imediato” de Ibaneis Rocha (MDB) ao cargo de governador do Distrito Federal, o emedebista declarou, por meio de uma rede social, que aguardou com paciência e que confiou na Justiça enquanto esteve afastado.
“Aguardei com muita paciência, resiliência e confiança na Justiça do meu país, esse momento de retorno ao cargo que assumi pela vontade do povo do Distrito Federal, que me elegeu em primeiro turno para um segundo mandato”, diz Ibaneis. A decisão de retorno foi assinada e publicada pelo magistrado na tarde desta quarta-feira (15). Ibaneis ficou afastado da função por 66 dias. O prazo inicial de afastamento, também decidido por Moraes, era de 90 dias.
“Agora é seguir firme confirmando a minha inocência junto ao STF e trabalhar ainda mais pela cidade que tanto amo”, declarou Ibaneis
O governador disse ainda que pretende fazer uma reunião com os secretários e com os presidentes das estatais porque “precisa tomar pé da situação, uma vez que não manteve contato nem com Celina nem com ninguém do GDF nesse tempo”, por causa da decisão do Moraes.
Na decisão sobre o “retorno imediato” do governador, o ministro Alexandre de Moraes diz que “tanto a defesa em sua petição quanto a Procuradoria-Geral da República, com base nas diligências já concluídas, tais como as conclusões do Relatório de Intervenção Federal e anexos, e diligências resultantes do cumprimento das medidas cautelares deferidas nestes autos, sustentam que – no presente momento – não permanecem presentes os requisitos para a manutenção da medida de suspensão do exercício da função pública de Governador do Distrito Federal”.
“O momento atual da investigação – após a realização de diversas diligências e laudos – não mais revela a adequação e a necessidade da manutenção da medida, pois não se vislumbra, atualmente, risco de que o retorno à função pública do investigado IBANEIS ROCHA BARROS JÚNIOR possa comprometer a presente investigação ou resultar na reiteração das infrações penais investigadas”, diz Alexandre de Moraes.
De acordo com o magistrado, “os Relatórios de Análise da Polícia Judiciária relativos ao investigado não trazem indícios de que estaria buscando obstaculizar ou prejudicar os trabalhos investigativos, ou mesmo destruindo evidências, fato também ressaltado pela defesa e pela Procuradoria-Geral da República”.