Em cada mil crianças, cinco podem ter deficiência auditiva; Especialista alerta para os sinais e como funciona o tratamento


Os dados da Sociedade Brasileira de Otologia (SBO) indicaram que a cada mil crianças nascidas no Brasil, em média, três a cinco possuem deficiência auditiva. Para os adultos esse número é maior, cerca de 5,8 milhões de brasileiros enfrentam algum grau de surdez.

Identificar problemas auditivos em crianças é fundamental para o desenvolvimento saudável da linguagem e comunicação. A audiologista Ariane Gonçalves, da clínica AudioFisa Aparelhos Auditivos e autora do livro “Descomplicando a Perda Auditiva”, aponta sinais comuns que os pais devem observar para detectar possíveis dificuldades auditivas em seus filhos.

Para diagnosticar problemas de audição em crianças, a especialista recomenda testes específicos, como o Teste da Orelhinha (Emissões Otoacústicas) e a Audiometria Infantil. Para isso, é fundamental que os recém-nascidos sejam submetidos ao Teste da Orelhinha logo após o nascimento.

“A falta de resposta a estímulos sonoros, atrasa o desenvolvimento da linguagem e da comunicação da criança. Alguns dos sinais mais comuns de perda auditiva é quando a criança começa a ter dificuldade em entender instruções verbais, aumenta o volume da TV ou do celular e se perde na própria fala”, afirma Ariane.

Além disso, outros comportamentos devem ser observados como:

– Não responder a chamados;

– Não reagir a sons suaves;

– Dificuldade em acompanhar conversas; 

– Falar alto e parecer distraído ou desinteressado em sons.

Quanto ao tratamento, Ariane Gonçalves menciona que ao depender do tipo e grau de perda auditiva, medidas como o uso de aparelhos auditivos, implantes cocleares, terapia auditiva e intervenção educacional podem ser eficazes para crianças com perda auditiva.

A especialista também destaca a importância de considerar os fatores de risco para perda auditiva em criança, como “histórico familiar de perda auditiva, infecções frequentes no ouvido, exposição a ruídos altos, certas condições genéticas e complicações durante o nascimento”, ressalta.

Para medidas preventivas, Ariane Gonçalves aconselha evitar a exposição a ruídos altos, proteger os ouvidos durante atividades ruidosas, garantir tratamento adequado para infecções no ouvido, realizar exames auditivos regulares e seguir as recomendações de saúde auditiva do pediatra.

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