Peça de vestuário foi desenvolvida em três dias, durante competição de moda tecnológica na Campus Party 2023


Um coração fora do peito. Esta é a visão inicial do colete produzido por estudantes do Distrito Federal durante três dias e premiado no concurso Campus Party Fashion Tech deste ano. A peça tem um coração humano feito em uma impressora 3D que brilha quando a pessoa que veste a roupa recebe mensagens pelo WhatsApp. Desenvolvido por quatro estudantes do Instituto Federal de Brasília (IFB) e do Centro Universitário Iesb, a peça vai ser apresentada em julho na Campus Party Nacional, em São Paulo.

Danielle Del Rio, de 18 anos, conta que a inspiração veio do estilo e da música de Erasmo Carlos. Um dos pioneiros do rock e símbolo da Jovem Guarda, o cantor e compositor morreu em novembro do ano passado.

“Suas músicas transmitem um sentimentalismo único, o qual queríamos repassar na peça, assim, houve a ideia do coração”, diz a estudante de Tecnologia em Design de Moda do IFB de Taguatinga. A peça também vai compor o figurino de shows da cantora Bianca Jhordão, da banda Leela. O público da artista, ao enviar um emoji de coração (🧡) pelo WhatsApp, disponível no QR Code divulgado nos shows e vai ver o coração do colete pulsando de acordo com a quantidade de mensagens recebidas.

Como funciona o colete?

Os fios das luzes internas de led do coração foram escondidos no interior da roupa. “Para conectar esses fios de leds é necessário uma fonte de energia, a bateria. Nesse caso, o design foi projetado estrategicamente para não ser visível. O colete possui um forro interno na parte das costas a qual a bateria fica alocada”, explica Danielle Del Rio.

Já o colete em si, surgiu a partir de uma jaqueta jeans que já era usada. “Visando a sustentabilidade, não queríamos realizar uma roupa do zero então customizamos uma jaqueta jeans. Esse processo foi a parte mais demorada, pois envolveu: bordado, corte e costura”, conta Danielle.

Vestuário ‘wearable’

Os wearables são vestuários e acessórios tecnológicos, ou seja, roupas inteligentes, sapatos, bolsas, relógios, que utilizam tecnologia para dar mais praticidade ou um toque artístico. É quando dispositivos eletrônicos e tecnológicos são incorporados à roupa.

Segundo a professora da área de vestuário do IFB, Juliana Rangel, a união da tecnologia e da moda vem para contribuir não só com a parte artística e conceitual de uma peça, mas também com a parte funcional.