Presença das crianças em casa por mais tempo pode aumentar as chances de acidentes domésticos envolvendo fogo. DF conta com atendimento de referência no Centro-Oeste
A cozinha é um local onde crianças devem estar supervisionadas por um responsável | Fotos: Breno Esaki/ Arquivo Agência Saúde
A presença da garotada na cozinha também deve ser supervisionada por um responsável, principalmente durante o preparo das refeições. “Quem estiver cozinhando precisa atentar para não deixar o cabo da panela virado para fora do fogão”, comenta o major Bohle. “Também orientamos que os adultos não permitam que as crianças brinquem perto de fontes de calor, seja um fogão, seja uma fogueira”, completa.
“A criança é curiosa por natureza e não tem noção do perigo. Vai querer pegar e ver como funciona qualquer objeto que esteja ao alcance das mãos”Fábio Bohle, major do Corpo de Bombeiros
Além disso, eletrodomésticos como ferro de passar roupas, chapinha de cabelo e aquecedores de água elétricos não devem ser mantidos na tomada quando não estão sendo usados. “A criança é curiosa por natureza e não tem noção do perigo. Vai querer pegar e ver como funciona qualquer objeto que esteja ao alcance das mãos”, diz o militar. “Basta um momento de descuido para uma criança se machucar”.
Em caso de acidente com queimaduras, é possível acionar o Corpo de Bombeiros, no número 193, ou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), pelo 192. A pessoa que está ligando poderá ser orientada a fazer alguns procedimentos antes da chegada do socorro, como lavar a lesão em água corrente ou proteger o ferimento com um pano limpo umedecido em água filtrada, nas situações mais graves.
Casos de queimaduras são atendidos em toda a rede pública de saúde do DF. Entretanto, o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) oferece um pronto-socorro exclusivo para atendimento de pacientes com queimaduras de qualquer natureza. O serviço é referência para moradores não só do Distrito Federal, mas de todo o Centro-Oeste. A unidade de saúde atende, por mês, cerca de 3 mil vítimas de queimaduras. Desse total, aproximadamente 40% são crianças.
Dados da Secretaria de Saúde apontam que, em 2022, dos 2.650 atendidos com queimaduras no pronto-socorro do Hran, 645 eram crianças com menos de 13 anos de idade. Já em 2021, os pequenos responderam por 26% das internações no hospital. Os acidentes dentro de casa ou no espaço peridomiciliar, como no quintal ou na rua da residência, são a maioria.