Variação nos grupos de habitação, artigos de residência e transportes colaboraram para o bom índice na capital
Como mostra o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), com o registro de queda de -0,50% da inflação na capital.
As menores variações do país, registradas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são em Goiânia (-0,89%) e Curitiba (-0,79%), com o DF em seguida. Por outro lado, Fortaleza (1,41%), Recife (1,13%) e Rio de Janeiro (0,91%) foram as unidades federativas com maior inflação no ano.
No Distrito Federal o que colaborou para a queda de preços ao longo do ano foram as áreas de transporte (-7,35%), habitação (-0,39), vestuário (-1,00) e artigos de residência (-0,65). Entre os subitens avaliados, o de passagem aérea (-30,24%) teve a maior redução.
No grupo de alimentos, o mamão apresentou queda de -15,52% e o pimentão -10,21%. O óleo diesel teve variação negativa de -20,46% e o etanol -10,84% no ano.
“O IPCA-15 do Distrito Federal mostra que os preços variaram entre janeiro e junho deste ano -0,5%. Essa retração significa que os consumidores locais estão gastando menos para adquirir os produtos e serviços do que quanto gastaram no mesmo período de 2019”, avalia Jessika Milker Figueiredo, gerente de Contas e Estudos Setoriais da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan).
-30,24%foi a queda de preços no segmento de passagens aéreas
Na prática, segundo a especialista, isso gera uma compensação do poder de compra deles, que já está bastante afetado pela alta no desemprego e a sua consequente redução salarial.
O IPCA é a inflação oficial do país. O índice é divulgado de diferentes formas, podendo ser mensal, quando é comparada entre o mês vigente e o anterior, e também com a variação acumulada do ano. Esta, onde o DF se destacou, é o quanto de inflação cada produto ou grupo teve nos meses avaliados. Já na variação mensal de junho, o DF teve aumento de 0,10%.
Foram coletados para o IPCA-15 preços no período de 15 de maio a 15 de junho de 2020 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 15 de abril a 14 de maio de 2020 (base).
Este indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.
A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, mas há uma diferença no período de coleta de preços e na abrangência geográfica.