Homenagem foi concedida a moradores das 35 regiões administrativas que lutam por melhorias nas cidades do Distrito Federal


Doar o tempo em favor da comunidade. Esse é o papel de um líder comunitário, que também é uma espécie de farol do governo nas cidades. Nesta quarta-feira (7), o Governo do Distrito Federal (GDF) reconheceu 340 pessoas que dedicam suas vidas atuando como ponte entre a população e o poder público.

“Ouvindo o povo que você define as prioridades do governo. Parabéns aos líderes comunitários que, desprovidos de vaidade, servem em prol da população”, destacou o secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Em cerimônia no auditório da Academia de Bombeiros Militar, no Setor Policial Sul, líderes das 35 regiões administrativas da capital receberam a medalha Mérito Líder Comunitário do Distrito Federal, lançada pelo GDF com apoio da Secretaria de Atendimento à Comunidade (Seac). Na ocasião, além da medalha, os homenageados também receberam um diploma, reconhecendo a importância do trabalho para a sociedade.

A secretária de Atendimento à Comunidade, Clara Roriz, ressalta que os líderes fazem um trabalho essencial em parceria com o governo. “Eles estão ali fazendo um trabalho que às vezes o governo não consegue enxergar. Eles são auxiliares, são os porta-vozes da comunidade”, observa.

Essa parceria é salientada pelo secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo, que diz que os líderes são “os olhos do governo nas cidades”: “Ouvindo o povo que você define as prioridades do governo. Parabéns aos líderes comunitários que, desprovidos de vaidade, servem em prol da população”.

Eni Carvalho, de 58 anos, foi uma das homenageadas por este GDF. Líder comunitária de Samambaia há 36 anos, seu trabalho é voltado ao desenvolvimento de uma igualdade social da população da região.

“Um líder comunitário vai atrás das demandas das pessoas. Ele sempre está doando parte do seu tempo para alguém. Eu me senti reconhecida pelo trabalho que tenho desenvolvido. É um trabalho árduo em todos os sentidos. É uma correria no dia a dia, mas estamos aqui para vencer”, diz.

A líder comunitária Eni Carvalho, de Samambaia, diz que se sentiu reconhecida com a homenagem: “É uma correria no dia a dia, mas estamos aqui para vencer”

Gleide Soares, de 53 anos, é líder comunitária do Setor Habitacional Bernardo Sayão, mais conhecido como Guará Park, desde 2022. Para ela, a parceria do governo com a comunidade faz com que as cidades evoluam em vários aspectos.

“Esse trabalho é importante porque o GDF não consegue chegar nas cidades e não consegue ouvir a todos. O trabalho de liderança comunitária entra justamente aí. O líder comunitário consegue, com fidedignidade, levar ao Governo do Distrito Federal as necessidades da cidade”, lembra.

“O reconhecimento deste GDF com o trabalho que a gente faz é um grande gesto”, afirma Wagner Silveira, líder comunitário do SIA há mais de 30 anos

Do lado dos empresários, Wagner Silveira, de 62 anos, é líder comunitário do Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) há 34 anos. No dia a dia, ele trabalha no desenvolvimento empresarial da região.

“O reconhecimento deste GDF com o trabalho que a gente faz é um grande gesto, porque a gente trabalha pelo desenvolvimento do setor de indústria e pelo desenvolvimento dos empresários do Sia por uma Brasília melhor”, afirma Wagner.

Atendimento em movimento

Também nesta quarta, o GDF lançou o projeto Atendimento em Movimento, com o objetivo de facilitar o acesso da população aos serviços públicos. A iniciativa consiste em duas vans equipadas como uma unidade da Secretaria de Atendimento à Comunidade nas 35 regiões administrativas do DF.

As vans são devidamente equipadas com computador, frigobar, armários, cafeteira, e acesso adaptado para pessoas com deficiência ou alguma dificuldade de locomoção, proporcionando um ambiente confortável e acessível para todos.

“O programa Atendimento em Movimento surgiu justamente da necessidade de a gente entender que onde não existe o equipamento público, uma van pode chegar. Então, nós tivemos essa ideia de fazer um gabinete itinerante para poder ir até lugares onde não existem o equipamento público, como na zona rural, para que as pessoas que não têm condições de se deslocar até o Palácio do Buriti possam ter esse mesmo atendimento lá na ponta”, explica Clara Roriz.

O projeto também busca formular estratégias para ações coletivas, dar protagonismo à população, propiciar a igualdade de oportunidades e transformar o atendimento ao público em uma ferramenta de empoderamento e desenvolvimento social.