Frequentadores consideram as unidades, geridas pelo Brasília Ambiental, essenciais para exercícios físicos, interação e contato com a natureza
As Unidades de Conservação (UCs) administradas pelo Instituto Brasília Ambiental e aptas à visitação pública recebem, em média, 316 mil visitantes por mês. O Monumento Natural Dom Bosco, no Lago Sul, lidera o ranking, recebendo, mensalmente, 36 mil visitantes. Na segunda e na terceira posições estão, respectivamente, os parques ecológicos Olhos D`Água, na Asa Norte, com 28.400 visitantes por mês, e Águas Claras, com frequência mensal estimada em 28 mil pessoas.
Esses números correspondem ao levantamento feito pelas três Diretorias de Unidades de Conservação (Dirucs) do Brasília Ambiental. Como não existem catracas nas entradas e saídas das UCs, os dados são estimativas consequentes da observação dos agentes que, diariamente, atuam nesses locais.
O Monumento Dom Bosco foi criado em 8 de junho de 1999, com 131 hectares. A maior parte dos visitantes são moradores do Lago Sul e adjacências, além de muitos turistas. Localizado às margens do Lago Paranoá, o local é conhecido pelos atributos ecológicos e pela exuberante beleza cênica. Segundo os frequentadores, é ideal para trilhas, caminhadas, andar de bicicleta e/ou de skate e, também, para avistar aves, o lago e contemplar um lindo pôr do sol.
Além das belezas naturais, o que soma para a unidade ser a mais visitada e considerada um importante ponto turístico de Brasília é o fato de abrigar o primeiro templo construído na cidade, a Ermida Dom Bosco, erguida em homenagem ao padre João Belchior Bosco. A pequena construção fica em um ponto por onde passa o paralelo 15, local em que o padre, em sonho, anteviu em 1883 a construção da capital brasileira no Planalto Central.
Para o técnico de UC e responsável pelo Parque Olhos D’Água, Edeon Vaz Ferreira, o local é o reflexo do despertar de uma sociedade que se integra ao meio ambiente e ajuda o órgão ambiental a cumprir sua missão de proteger e fomentar a unidade ecológica.
O advogado Rômulo Maia, frequentador assíduo do parque há mais de 20 anos, representa bem a sociedade descrita por Edeon. Morador da Asa Norte desde criança, Maia diz que o parque faz parte da sua vida.
“Cresci por aqui. Agora meus dois filhos, que trago sempre para brincar no parquinho infantil, estão também crescendo neste parque”. Ele ainda aponta como pontos positivos da UC a segurança, limpeza e organização.
O Olhos D`Água conta com uma pista de 2,1 km, uma lagoa que surgiu por meio de uma nascente, trilhas internas, parquinho infantil, circuitos de exercícios físicos, praça da vitalidade, sanitários, duchas, serviços de massagem, aulas de meditação e uma área apta a banho de sol, com espreguiçadeiras.
O Parque Ecológico Águas Claras, criado em 15 de abril de 2000, também é considerado pelos frequentadores um bom lugar para se exercitar, espairecer e conviver. A vendedora Gilcélia Figueiredo, por exemplo, costuma levar a neta Laís, de 2 anos, para brincar no parquinho infantil da unidade.
“É um espaço muito agradável, bem sombreado, com variedades de brinquedos infantis, seguro e bom para ela conviver com outras crianças”, afirma.
Já a treinadora Viviane dos Santos frequenta o local, pelo menos duas vezes por semana, para jogar futevôlei. Ela aprecia o contato com a natureza e a possibilidade de treinar em locais a céu aberto. “Quem mora no Distrito Federal pode não contar com praia e mar, mas, em compensação, temos os parques, que são espaços maravilhosos”, aponta.
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Situado no meio da Região Administrativa de Águas Claras, o parque ecológico, que leva o nome do córrego que flui em seu interior, possui 95,48 hectares de área, largas trilhas que o contornam, vegetação nativa do Cerrado, além de mata ciliar e de reflorestamento. Conta com Centro de Referência em Educação Ambiental, quadras poliesportivas, quadras de areia, parquinho infantil, quiosques, aparelhos de ginástica, entre outros atrativos.
Da mesma forma que o Monumento Natural Dom Bosco e o Parque Ecológico Olhos D`Água, a unidade de Águas Claras tem entrada gratuita e está aberta, diariamente, à população.
*Com informações do Instituto Brasília Ambiental