Deputada federal e ex-primeira-dama do DF, Flávia Arruda foi escolhida para assumir a Secretaria de Governo da Presidência da República

O presidente Jair Bolsonaro confirmou nesta segunda-feira a deputada federal Flávia Arruda (PL-DF) como nova ministra-chefe da Secretaria de Governo. A nomeação da parlamentar sacramentará a entrada do Centrão no Palácio do Planalto. A deputada é casada com o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda, que ficou inelegível nas últimas eleições após ser condenado e preso por participar de esquema de corrupção.

Pressionado, Bolsonaro fez hoje a sua primeira reforma ministerial após mais de dois anos de governo. Além da Flávia Arruda na  Secretaria de Governo,  houve mudanças também na Casa Civil, Relações Exteriores, Defesa, Justiça e Advogacia-Geral da União (AGU).

Flávia ficará responsável pela articulação política do governo no lugar do ministro Luiz Eduardo Ramos, que será substituir o Walter Braga Netto no comando da Casa Civil. Braga Netto, por sua vez, assumirá o Ministério da Defesa, substituindo o ministro Fernando Azevedo e Silva, que foi demitido nesta tarde por Jair Bolsonaro.

O PL ficou insatisfeito com a articulação de  Ramos na aprovação do Orçamento de 2021 e ameaçou obstruir a votação. Nos bastidores, lideranças do partido acusaram a Secretaria de Governo de privilegiar senadores na distribuição de emendas.

Aliado de Bolsonaro, Valdemar Costa Neto também expressou insatisfação a interlocutores após o Republicanos indicar o ministro da Cidadania, João Roma. Pelo tamanho da bancada, o partido se sentiu preterido na distribuição dos ministérios.

Aliada de Arthur Lira, Margarete Coelho (PP-PI) elogiou a escolha de Flávia Arruda à frente da pasta.

O nome de Flávia é um sopro de ar fresco no governo. Ela é muito habilidosa politicamente. Pelo fato de ser mulher, paciente, centrada, competente. Estou muito esperançosa de que agora vamos melhorar a interlocução com classe política.


Mudanças


Com a nova reforma, o delegado da Polícia Federal Anderson Gustavo Torres assume o Ministério da Justiça e Segurança Púbica. Antes, ele estava na Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Assim, André Mendonça volta para a Advocacia-Geral da União (AGU), cargo que ocupou até abril do ano passado. Mendonça substituirá José Levi, que também foi demitido nesta tarde.

Em outra troca, o embaixador Carlos Alberto Franco França assumirá o comando do Ministério de Relações Exteriores no lugar de Ernesto Araújo. O nome de França agrada parlamentares e pode ajudar a melhorar a relação com o Congresso. Nos últimos dias, as críticas de deputados e senadores à política externa do governo se intensificaram, tornando a permanência de Araújo insustentável. Reforma Ministerial