Arte se tornou uma aliada do GDF para embelezar a cidade e evitar pichações. Edital para promover as pinturas, na Galeria dos Estados, sairá em breve

 

A arte do grafite se tornou uma aliada do governo para embelezar a cidade e evitar pichações em monumentos, prédios e fachadas da capital. Entre 2019 e 2020 foram investidos R$ 277,5 mil para que grafiteiros façam suas pinturas em espaços públicos da cidade. Do total investido, R$ 195 mil serão destinados à arte urbana da nova Galeria dos Estados, recentemente reinaugurada após obra de reconstrução decorrente da queda de um viaduto. Nas próximas semanas, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) também vai lançar um edital para que mais de 100 artistas façam intervenções urbanas em um local histórico de Brasília.

 

 

“Há grandes grafiteiros no DF, inclusive internacionais. É uma forma valorizá-los, de ocupar espaços públicos na capital e democratizar o acesso à arte e a cultura”Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa

 

Em novembro do ano passado, 60 artistas da capital e Entorno foram selecionados para pintar o Beco do Rato, localizado no Setor Comercial Sul (SCS). A secretaria desembolsou R$ 90 mil para pagar o cachê dos grafiteiros. Durante dois dias, cada participante fez uma intervenção artística de tema livre com até 10 metros quadrados. A programação ainda contou com debates, painéis e apresentações de música e de dança.

A pasta também vai financiar um projeto de grafite em Planaltina. O resultado preliminar da etapa de admissibilidade foi divulgado nesta semana.

 

Quinze artistas vão grafitar, entre 1º e 4 de outubro, na parede externa do complexo cultural da cidade, localizado em frente à Avenida Uberdan Cardoso. Ao custo de R$ 22,5 mil, cada selecionado fará sua manifestação artística em uma área de até 18,4 metros quadrados e 8 metros de altura por 2,3 metros de largura.

 

Valorização, democratização, conscientização

O secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, explica que o objetivo dos chamamentos públicos também é expor o trabalho dos grafiteiros, prestigiar a cultura urbana, proporcionar intercâmbio artístico-cultural e incentivar o empreendedorismo na cidade. “Há grandes grafiteiros no DF, inclusive internacionais.

É uma forma de valorizá-los, de ocupar espaços públicos na capital e democratizar o acesso à arte e à cultura”, ressalta.

Segundo o titular da pasta, os interessados deverão apresentar temas de acordo com as regras do certame. A previsão é de que a grafitagem pelos oito vãos e 16 paredes da Galeria dos Estados comece no próximo mês. Serão cinco dias no total – às sextas, sábados e domingos, das 10h às 18h. Em respeito ao protocolo de segurança no combate ao coronavírus, um revezamento de distanciamento será feito entre os artistas, para evitar aglomerações.

 

Girl power: cenário do grafite em Brasília é também espaço para mulheres. | by Anna Jullia Lima | Esquina On-line | Medium

 

 

 

 

 

 

 

 

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