Na semana em que o presidente da Rússia Vladimir Putin anunciou o desenvolvimento da primeira vacina contra o novo coronavírus, testes e protocolos de outros produtos farmacêuticos se intensificam no Brasil.

 

Na capital, o Congresso Nacional já começa a discutir meios de regulamentação e distribuição de vacinas, enquanto pesquisadores e médicos da Universidade de Brasília (UnB) se preparam para receber novos voluntários nos ensaios.

Os testes realizados no Hospital Universitário de Brasília (HUB) começaram na última semana, com a imunização da primeira dose da CoronaVac em dez profissionais da saúde. Nesta semana, há expectativa de que o Instituto Butantan, coordenador do projeto, libere formulários de inscrição para novos voluntários. Ao todo, 850 pessoas devem participar dos testes.

Profissionais da saúde que atuem no atendimento de pacientes com covid-19 vão poder se candidatar, desde que tenham disponibilidade para acompanhamento médico durante um ano e sigam alguns critérios específicos. O Instituto Butantan criou uma página oficial com informações sobre a vacina em produção. Nela, há um formulário de inscrição para voluntários que indica a possibilidade de participação nos ensaios.

O formulário questiona se o interessado tem mais de 18 anos, se possui registro em algum Conselho Regional da área da saúde, se tem doença crônica ou faz uso contínuo de medicação e se já foi diagnosticado com covid-19, por exemplo. Uma plataforma semelhante deve ser disponibilizada no site do HUB nos próximos dias.

Pesquisas das fases 1 e 2 da vacina que vem sendo testada no DF chegaram a demonstrar uma produção de anticorpos em 90% dos participantes que receberam a imunização. O objetivo da etapa atual é comprovar a eficácia e segurança em um número maior de testados.